O presente artigo retrata a abordagem do tema sexualidade e gestação precoce realizado dentro de um projeto de estágio do SECODI (Serviço de consultoria e desenvolvimento institucional e escolar) da Universidade Luterana do Brasil. O projeto tem por objetivo a abordagem sobre o tema dentro do projeto de estágio de orientação profissional, realizado com adolescentes, alunos do ensino médio de uma escola pública, situadas na cidade de Guaiba, Rio Grande do Sul. Para Eizirik, Kapczinski e Bassols (2001), a adolescência se caracteriza por um período do desenvolvimento humano com duração variável, situado entre a infância e a idade adulta. Compreende complexos eventos psíquicos que direcionam a criança para a transformação em um adulto. A Sexualidade está presente na vida de todos os indivíduos desde o nascimento. Para Knobel (1992) a identidade é criada e reforçada através da forma como os pais diferenciam os gêneros através dos costumes, cores, roupas. A sociedade, através dos costumes, vai fortalecendo as escolhas de gênero onde todos os meios externos têm potencial determinante sobre esse processo de formação de identidade e sexualidade.  Neste relato, tratamos das intervenções realizadas como prática integrante do projeto incluindo o tema dentro do aspecto de futuro e escolhas profissionais. Através da demanda da escola, foi proposto aos alunos um espaço para o diálogo e a troca de informações sobre a sexualidade, sobre a gestação não planejada na adolescência. O tema, inicialmente é recebido de forma incrédula, o que sugere um tabu, e constrangimento por parte de alguns alunos. Após o inicio das intervenções, a participação dos alunos aumentou de forma considerável. Quando se torna possível o surgimento do rapport entre alunos e orientadores, surge um ambiente estimulante de informação, troca e aprendizado. Através desta experiência, onde houve uma abordagem aberta com os alunos, que permitiu a construção de conceitos da qual os jovens se apropriaram. Percebeu-se a relevância do diálogo entre os alunos e a vinculação destes com sua rede de apoio, formada pela escola e pais fazendo com que a informação seja a principal forma de prevenção da gravidez precoce e não planejada nas adolescentes que frequentam o ambiente escolar.