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Indiferente como a brincadeira é mediada, diversos autores assinalam a importância das brincadeiras para o desenvolvimento infantil, pois através delas as crianças adquirem autoconfiança, elaboram seus conflitos, experimentam papeis sociais entre outros. O presente artigo tem por objetivo investigar as possíveis transformações do brincar e das brincadeiras infantis a partir das novas tecnologias visando identificar qual a predominância das brincadeiras tradicionais ou das que são mediadas por novas tecnologias. Esta pesquisa qualitativa utilizou como instrumento de coleta de dados uma entrevista semiestruturada, onde participaram das entrevistas cinco pessoas de 8 a 10 anos de idade. Atualmente, em função das transformações urbanas as crianças acabam inserindo em seu repertório mais as brincadeiras mediadas por tecnologia, tendo em vista, haver poucos lugares seguros nas cidades para que as crianças possam brincar de pega-pega, esconde-esconde. Nessa faixa etária prevalece o desejo de brincar com outras crianças, o que caracteriza as brincadeiras tradicionais, mas isto acaba não ocorrendo tendo em vista o crescimento urbano que vem acompanhado de violência, insegurança e pouco espaço. Em comparação com os resultados da pesquisa anterior realizada no ano de 2012, na cidade de Guaíba, os resultados foram praticamente os mesmos encontrados, na presente pesquisa, realizada em uma capital brasileira, Porto Alegre. A expectativa era de encontrar a preferência por brincadeiras mediadas pelas novas tecnologias o que não se confirmou, mesmo na contemporaneidade repleta de opções tecnológicas, ainda assim as crianças desta pesquisa e desta faixa etária, preferem as brincadeiras tradicionais.   Dentre os resultados destaca-se o fato de que, as crianças ainda preferirem as brincadeiras tradicionais às brincadeiras tecnológicas, haja visto, que estas lhes proporcionam uma interação de convívio maior com outras crianças.

Palavras chave: Crianças. Brincadeiras. Tecnologia.