Última alteração: 21-10-2014
Resumo
RESUMO
Este artigo tem por objetivo refletir a respeito da relação entre educação e trabalho e as vivências nas práticas em Orientação Profissional dentro da escola. Faz-se necessário uma revisão bibliográfica e então é feita a discussão sobre as práticas em Orientação Profissional realizadas por estagiárias do último semestre do curso e psicologia em uma escola estadual da região metropolitana de Porto Alegre. De maneira nenhuma tem-se a pretensão de esgotar-se o tema, mas sim propor uma reflexão crítica sobre os desafios encontrados na contemporaneidade. Num cenário onde as relações sociais, o mundo produtivo e os processos de trabalho modificam-se rapidamente e as mudanças já alcançaram a escola, é necessário estabelecer novos referenciais em relação aos conhecimentos e aprendizagens construídos nas instituições educacionais (AMARO, 2014). A concepção pedagógica orientadora do processo de Reestruturação Curricular do Ensino Médio e da Educação Profissional na Rede Pública do Estado tem como pressupostos ordenar a construção do conhecimento a partir da integração no processo formativo das dimensões da vida fundamentais que organizam a prática social. São elas: o trabalho, a ciência, a cultura e a tecnologia. Essa concepção pedagógica constitui tanto a educação profissional integrada ao ensino médio quanto à forma subsequente (AMARO, 2014). A Orientação Profissional é um campo de atuação importante em Psicologia Escolar. Concebe a instituição educativa, preferencialmente a escolar, como o espaço privilegiado em que este trabalho deve se ordenar, a partir da interface Psicologia e Educação. Entre a Psicologia Escolar e a Orientação Profissional, existe a possibilidade de convergência, na formação de uma perspectiva de atuação que almeje a promoção do desenvolvimento da carreira e a construção da cidadania, fundamentada nos princípios da educação para a carreira (CARVALHO, MARINHO-ARAUJO; 2010). Quanto à prática das estagiárias nas turmas do Ensino Médio propondo-se à problematização acerca do trabalho como “lugar no mundo” e escolha profissional como fundamental para a construção da identidade do sujeito, junto aos alunos, sua função é mediar processos subjetivos no desenvolvimento da carreira. Tendo em vista as práticas realizadas no estágio pode-se refletir sobre alguns aspectos. Devido à grande demanda que surge diariamente, os profissionais na escola (professor, orientador, psicólogo, etc.) estão muitas vezes sobrecarregados. Realizam tarefas sem ter acesso à capacitação adequada, não estando articulados, como é o caso de informações essenciais sobre programas de educação do governo que por muitas vezes não chegam a esses profissionais e por sua vez não chegam até os alunos. É importante refletir a respeito da escola como ambiente a formar cidadão e fundamental na construção de indivíduos ativos em nossa sociedade. Para isto é fundamental a visão não compartimentalizada dos conteúdos curriculares, mas a visão interdisciplinar. Tendo em vista que a escola educa para a vida e a realidade da sociedade está ligada em todos os aspectos, sendo assim, não deve ser diferente dentro da escola.
Palavras-chave: Educação; Trabalho; Orientação Profissional.