Última alteração: 29-04-2015
Resumo
Este estudo tem por objetivo mostrar alguns aspectos da psicologia hospitalar e da inserção do psicólogo em uma equipe multidisciplinar, dentro de algumas áreas destas instituições. Para tanto foi realizada uma revisão bibliográfica com ênfase na atuação do psicólogo nos setores de oncologia, internação infantil e no CIHDOTT (Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante). A psicologia hospitalar atua no tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento, visando à minimização do sofrimento provocado pela internação e disponibilizando um espaço para escuta dos sentimentos despertados pela doença, os medos e fantasias criadas por esta situação. O psicólogo utiliza a fala como instrumento de trabalho e funciona como um elo de ligação entre internos, familiares e equipe multidisciplinar, com o intuito de favorecer o entendimento do paciente sobre sua situação. A Psico-oncologia é a especialidade que poderá oferecer ao paciente, à família e à equipe de saúde envolvida no tratamento, apoio emocional para o enfrentamento da patologia, melhorando a qualidade de vida em todos os estágios do tratamento. Na internação infantil é fundamental criar mecanismos para promover um ambiente que não reforce comportamentos deprimidos e ajude a criança e a seus pais a enfrentarem as limitações impostas pela hospitalização e pela doença. Como membro do CIHDOTT, o psicólogo, tem o papel fundamental de intermediar o processo de doação e captação de órgãos, ponderando que de um lado existe um potencial doador e de outro, uma família em sofrimento, prestando um atendimento humanizado e diferenciado. Portanto, poder enxergar o paciente na sua totalidade, ajudará não só o paciente, mas também o profissional a entender melhor o processo e o significado daquela doença para seu portador. Ao favorecer a possibilidade de expressão de seus sentimentos sobre a doença e tratamento, situações por si só mobilizadoras de conflito, o psicólogo facilitará também a ampliação das estratégias adaptativas do paciente, minimizando o sofrimento de ser ou estar doente. Deve-se buscar no contexto hospitalar, integração interdisciplinar para facilitar o enfrentamento da doença ou morte por parte do doente e de seus familiares.