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REPERCUSSÃO PSICOLÓGICA EM MULHERES QUE SOFRERAM ABUSO SEXUAL NA INFÂNCIA.
Última alteração: 24-11-2022
Resumo
INTRODUÇÃO: Para Levine (1999), a violência sexual pode trazer diversas consequênciaspor meio de transtornos, mas também nas relações cotidianas. Quando os sintomas se tornamfrequentes e permanentes, passam a se expressar de forma patológica, como TEPT,transtornos alimentares, depressão, tentativa de suicídio, dificuldade nas relações afetivas esexuais.Segundo Cótica et. al (2015), o abuso sexual na infância pode acarretar váriasconsequências quando não há um acompanhamento psicológico desde o momento do trauma.Na prática clínica com mulheres que foram abusadas sexualmente na infância podemosidentificar os sentimentos de culpa, medo e insegurança, durante sua fase adulta,em seentregar aos relacionamento amorosos, frequentemente possuem dificuldades em dizer não enão compreendem seus valores, princípios, seus limites e até mesmo não conseguem vercomo o cônjuge está contribuindo na sua história de vida. OBJETIVOS: O objetivo destetrabalho foi compreender as repercussões psicológicas na vida adulta de mulheres abusadassexualmente na infância e propõe-se, assim, a problematizar teorias e práticas que tracemintervenções clínicas para acolhimento e psicoterapia das vítimas de abuso sexual.DESENVOLVIMENTO: O abuso sexual instaura uma experiência traumática que afeta namaioria das vezes o desenvolvimento emocional e físico de muitas crianças e adolescentesque resulta em danos que se prolongam até a vida adulta. Trata-se de um evento cujarevelação cria um processo delicado para a criança abusada. Em um estudo realizado naBahia, com mulheres entre 18 e 53 anos de idade que sofreram abuso sexual na infância e/ouadolescência, podemos identificar que a vivência de abuso sexual no contexto familiarmarcou a vida cotidiana das participantes, afetando a convivência e as interações familiares.Independentemente do número de episódios ou do tipo de abuso, as repercussões daexperiência se potencializaram, acarretando sérios prejuízos emocionais, que passaram aintegrar o cotidiano, levando-as a sofrimentos intensos (Lira, 2017).Este estudo corroboracom as experiências vivenciadas nos atendimentos realizados no estágio de PsicologiaClínica, onde as pacientes trazem uma dor imensa e não conseguem perceber seu valor comoum ser singular, com grandes competências e habilidades. Em alguns relatos podemosidentificar falas alusivas como “Por mais que meu marido me traia, sei que não consigo acharalguém melhor, ele é o melhor para mim.”(SIC), “Me tornei aquelas mulheres que amamdemais, mas não amo a mim mesma.” (SIC). Isto vem de encontro com as pesquisasdesenvolvidas em vários lugares do mundo. METODOLOGIA: Para a realização deste artigofoi utilizada a revisão da literatura. CONCLUSÃO: Através do estudo realizado e da práticaclínica, podemos identificar que mulheres que sofreram abuso sexual na infância demonstramdurante sua vida adulta inúmeras consequências, principalmente em relação a sua vida sexuale amorosa, depressão, ansiedade. Ressalta-se, no entanto, a necessidade de novas pesquisas, afim de apontar as repercussões psicológicas em mulheres que sofreram abuso sexual nainfância, pois houve grande dificuldades de localizar pesquisas como este tema.
Palavras-chave
Abuso sexual na infância; consequências psicológicas; fase adulta;
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