Última alteração: 06-02-2018
Resumo
No Brasil vivenciamos ainda um momento de construção do processo de inclusão escolar. A inclusão não se restringe às pessoas com dificuldades de locomoção, sensoriais ou intelectual, ela vai muito além, refere-se a acolher todos os indivíduos, sem exceção. Esse processo vem sensibilizando os profissionais da educação para as diferenças e potencialidades individuais. A legislação é explícita, quanto à obrigatoriedade em acolher e matricular todos os alunos, independente de suas necessidades ou diferenças. Entretanto, não é suficiente apenas esse acolhimento, mas torna-se imperativo que o aluno com necessidades educacionais especiais tenha condições efetivas de aprendizagem e desenvolvimento de suas potencialidades e aqueles que ainda não são identificados como tal, tenham a sua volta profissionais sensíveis às suas necessidades. Sendo assim, buscou-se no presente estudo apresentar dados preliminares da experiência com o Projeto Capital Humano que visa, diante da emergência do processo de inclusão, minimizar o estigma e o preconceito no que tange a pessoas com problemas com sua saúde mental. Foram aplicadas diversas metodologias de coleta de informações preliminares sobre o entendimento e sentimentos dos educadores sobre o processo de inclusão, estigmas e preconceito. Em seguida, foram realizados diversos encontros com apresentações expositivas e metodologia ativa enfatizando os mesmos temas. Amparando-se no pressuposto da capacitação, destacamos a importância da relação professor/aluno e o papel do professor como mediador. Como resultado preliminar, das intervenções feitas em escolas de Eldorado do Sul e Guaíba/RS encontramos a espontânea receptividade dos professores, as constantes manifestações de sobrecarga de trabalho, sentimentos de abandono e pouco investimento no preparo para os desafios do dia a dia com alunos e familiares de alunos com demandas em Saúde Mental.