Última alteração: 30-03-2017
Resumo
Historicamente o ser humano nasce destinado a multiplicar sua espécie. Levando-se em consideração a complexidade que envolve a formação de uma família na atualidade, esse estudo buscou compreender as principais mudanças que ocorrem na relação conjugal com a chegada do primeiro filho. A formação do casal é considerada uma das tarefas mais complexas do ciclo vital familiar, pois exige uma adaptação e reorganização em ambos os cônjuges para ingressarem na vida a dois (CARTER & MCGOLDRICK, 1995). Quando esse casal decide ter um filho, há a entrada de um terceiro membro na família, o que acarreta o surgimento de novas tarefas, responsabilidades e uma maior probabilidade de surgirem crises e conflitos (BAGINSKI & HINTZ, 2012). Isso porque a parentalidade é um processo intenso, em constante construção e pode provocar dificuldades na relação conjugal. Participaram da pesquisa três casais heterossexuais que estavam juntos há no máximo cinco anos e possuíam um filho único com até três anos de idade. O instrumento de coleta de dados utilizado foi uma entrevista com perguntas abertas, posteriormente analisadas de acordo com o método de análise de conteúdo de Bardin. Os resultados evidenciaram que a chegada do primeiro filho acarretou mudanças importantes na vida do casal, tais como ser acordado no meio da noite para atender a criança e pouco tempo para diversão. Observou-se que a maioria das mudanças citadas pelos participantes teve uma conotação negativa. No entanto, os três casais destacaram que as dificuldades com a chegada do primeiro filho eram momentâneas, que exigiam adaptações com relação à parentalidade e que não eram tão intensas ao ponto de colocar em risco a satisfação conjugal.
Palavras-chave: casamento; parentalidade; primeiro filho; satisfação conjugal.