A identidade ocupacional está intrínseca na constituição do sujeito e entre outros fatores compreende a construção e expressão da sua personalidade. Sob esta perspectiva, os problemas vocacionais deveriam ser entendidos como características associadas a personalidade e conflito com demandas vocacionais e por déficits ou obstáculos que interfiram no alcance da identidade profissional. Neste artigo o tema foi explorado a partir de uma revisão narrativa sobre aspectos que influenciam o processo de escolha profissional de adolescentes egressos do ensino médio, bem como a importância do psicólogo na Orientação Profissional (OP). O objetivo foi possibilitar uma melhor compreensão acerca do complexo processo de escolha profissional durante a adolescência, momento de grandes transformações, especialmente sob a ótica da identidade pessoal. Buscou-se, ainda, dar subsídios à prática de OP destinada à alunos do ensino médio. Como resultado surgiram problematizações sobre a relação da autoconsciência, do autoconceito, do auto-esquema, do constructo de self, assim como da autoestima e da crença de autoeficácia na escolha da profissão. Discute-se a necessidade do psicólogo nas escolas, de forma a auxiliar os adolescentes no processo do autoconhecimento, na identificação de habilidades, esclarecimento de dúvidas sobre profissões e o mercado de trabalho, assim como em conjunto com os professores e a família, para que estes possam ter um maior entendimento diante da problemática que estamos vivenciando: as indecisões ou decisões equivocadas no momento da escolha profissional.