INTRODUÇÃO OBJETIVOS METODOLOGIA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ALMEIDA, G. H.. O portador de transtorno esquizofrênico na atenção básica: caminhos e descaminhos na busca do cuidado. J Health Biol Sci. 2013 Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas, Portaria SAS/MS nº 364, de 9 de abril de 2013. Esquizofrenia. http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-esquizofrenia -livro-2013.pdf acessos em 06 out. 2018. SILVEIRA, D. P.; VIEIRA, A. L. S.. Saúde mental e atenção básica na saúde: analise de uma experiência em nível local. Red. De Revistas Cientificas da América Latina y el Caribe, Espâna y Portugal. Disponível em http://www.redalyc.org/html/ 630/63014115/. Acesso em 16/12/2017 A ESQUIZOFRENIA NA ATENÇÃO BÁSICA: UM ESTUDO DE CASO LOCAL Sheila Silvana Oppelt ¹ Elisabete Beatriz Maldaner² ¹ Aluna da disciplina Estagio Básico III do curso de Psicologia da Ulbra Campus Guaíba. Mail: sheilaoppelt@gmail.com ² Docente da disciplina Estagio Básico III do curso de Psicologia da Ulbra Campus Guaíba. Mail: maldaner@terra.com.br DESENVOLVIMENTO A reformulação global de politicas públicas no Brasil, a exemplo do que vem sendo feito em outros países que alteraram seus modelos sanitários, tendo como base os cuidados primários universais, como o Canadá, a Espanha e em especial o Reino Unido, confere hoje particular importância à Saúde Mental na Atenção Básica. Entre os transtornos mentais, a Esquizofrenia se reveste de particular importância, requerendo esforços e desafios de manejo da doença. Os custos financeiros para o tratamento, diretos e indiretos, são elevados, e fazem desta condição um grave problema de saúde pública, devendo-se conjugar tratamento medicamentosos com abordagens psicossociais, para que os melhores resultados sejam obtidos. (Almeida, 2013). O presente artigo tem por objetivo, através de um estudo de caso, acompanhar e discutir o tratamento oferecido a um paciente esquizofrênico na Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS) em um município com menos de 8.000 habitantes, sem suporte para CAPS. Para este estudo de natureza qualitativa, utilizou-se um estudo de caso e a observação participante, cujos resultados foram discutidos a partir de uma revisão narrativa. Foi aplicado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a realização deste estudo. A esquizofrenia e os denominados transtornos psicóticos constituem um grupo de distúrbios mentais graves, sem sintomas patognomônicos, mas caracterizados por distorções do pensamento e da percepção, por inadequação e embotamento do afeto sem prejuízo da capacidade intelectual. Ao longo do tempo podem aparecer prejuízos cognitivos). Seu curso é variável, aproximadamente cerca de 30% dos casos com remissão incompleta e prejuízo parcial de funcionamento e cerca de 30% com deterioração importante e persistente da capacidade de funcionamento profissional, social e afetivo.(Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas).A relevância da formulação de políticas para a Atenção Básica que englobem o cuidado em Saúde Mental estaria justificado no direito do usuário de encontrar em sua unidade sanitária de referência uma estratégia de acolhimento articulada com os demais Deste modo, o conceito de integralidade, como organizador das práticas, exigiria uma certa “horizontalização” dos programas anteriormente verticais, desenhados pelo Ministério da Saúde, superando a fragmentação das atividades no interior das unidades de saúde. (Silveira e Vieira, 2009). Sendo utilizado como apoio um estudo de caso, realizado em 2017, na cidade de Sertão Santana - RS, com uma paciente esquizofrênica, de 62 anos, que é usuária da rede de Atenção Básica do município, abordarei como esta rede precisa estar permanentemente conectada. A analisada utilizou atendimento do SUS em vários âmbitos da Rede de Atenção, principalmente a Atenção Básica (grupos de apoio e integração e a UBS/ESF, com os atendimentos com o médico clínico), a Atenção Secundária (especialidade: psiquiatria) e na Alta Complexidade, com suas internações anteriores. A implantação do SUS, as Politicas Públicas e o posterior reconhecimento da Saúde Mental no Brasil ainda é um ponto a ser discutido e reformulado em virtude de ser um tema muito recente em nosso contexto de saúde e cuidados. Em contrapartida, no Canadá, por exemplo, há mais de 100 anos existe o método de cuidados primários desenvolvidos na Atenção Básica, na prevenção e promoção à saúde focada no atendimento com o médico de família. O apoio social é um fator importantíssimo na diminuição da desordem das perturbações como a esquizofrenia. Pacientes esquizofrênicos apresentam uma rede social menor do que os sem histórico de doença mental, pois, na maioria das vezes, ficam restritos ao convívio com seus familiares. Através deste artigo, foi possível perceber que, para a eficácia de atendimento na Atenção Básica do SUS é imprescindível o investimento em uma equipe intersetorial, multidisciplinar e/ou interdisciplinar que priorize o bem estar do paciente e a escuta ativa em todos os eixos, desde os agentes comunitários de saúde até o paciente e sua rede de apoio.