Em pleno século XXI nossa sociedade ainda sofre quando o assunto é comunicação entre surdos e ouvintes, vimos os carros, tecnologias e pessoas em constante evolução, porém as salas de aula continuam com o mesmo designer e método de ensino. Infelizmente a inclusão ainda perde para a exclusão quando o assunto é educar, pois sempre que necessitamos sair da zona de conforto incomoda. Vemos alunos com necessidades educativas especiais na mesma sala de alunos ditos normais recebendo a mesma metodologia de ensino e sendo obrigados a se adaptar a turma quando os demais alunos é quem deveriam adaptar-se e fazer com que a inclusão ocorresse de fato. Mesmo não obtendo o ensino da forma que gostaríamos devemos assumir que ela está melhor do que era, pois conforme  GOLDFELD, (1997, p.24) na antiguidade as pessoas com dificuldades especiais eram consideradas “aberrações” e não possuíam o direito de estudar. Agora imaginem um aluno surdo na mesma sala de ouvintes, como ocorre esta aprendizagem, debate em grupos ou apresentações de trabalhos… Sentimos de longe a dificuldade de comunicação de ambas as partes. Em escolas brasileiras vemos a língua inglesa e espanhola presentes em todas as salas de aula e porque não a língua de sinais? Porque não ter a libras como disciplina obrigatória desde os anos iniciais? Sabemos que as crianças tem grande facilidade em aprender e memorizar, se fosse incentivado e ensinado a Libras desde cedo com certeza teríamos um número grandioso de profissionais que não encontrariam dificuldades ao ter de se comunicar com um surdo. Segundo Sanches e Teodoro (2006, p. 73) a educação inclusiva deve vir de uma aprendizagem significativa, fazendo com que professor e aluno interajam de formas criativas construindo a aprendizagem através de trocas de conhecimento. A realidade é que ainda encontramos escolas que atendem apenas surdos, ensinando-os sua língua materna com turmas de diferentes faixas etárias. Este trabalho acadêmico foi feito através de pesquisas bibliográficas, artigos e conversa com a comunidade surda. Desta maneira podemos afirmar que a inserção de Libras no ensino regular é fundamental para que haja a verdadeira inclusão, facilitando a interação da comunidade surda com os ouvintes, os tornando mais independentes. Se compreendermos que não precisamos da voz, nossas mãos podem vencer o silêncio e fazer a comunicação.