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ATIVIDADE FISICA NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
Rafael Menezes de Souza

Última alteração: 06-02-2018

Resumo


O Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba diferentes síndromes marcadas por perturbações do desenvolvimento neurológico com três características fundamentais, que podem manifestar-se em conjunto ou isoladamente. São elas: dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo. Também chamado de Desordens do Espectro Autista (DEA ou ASD em inglês), recebe o nome de espectro (spectrum), porque envolve situações e apresentações muito diferentes umas das outras, numa gradação que vai da mais leves à mais grave. Todas, porém, em menor ou maior grau estão relacionadas, com as dificuldades de comunicação e relacionamento social. Embora serem de natureza semelhante, as perturbações do espectro do autismo incluem os seguintes diagnósticos distintos: autismo, síndrome de Asperger e Transtorno Invasivo do Desenvolvimento não-especificado. A atividade física apresenta igualmente grandes benefícios para pessoas com incapacidades, podendo representar uma mais-valia na evolução de diferentes patologias. A utilização de atividades físicas e desportivas em crianças com autismo tem vindo a ser realizada e estudada. Nas duas últimas décadas o interesse pelos potenciais e benefícios do exercício físico nas perturbações do espectro do autismo (PEA) tem aumentado, mas a pesquisa realizada nesta área é, ainda, escassa e baseada em pequenos grupos. O objetivo do presente trabalho é aplicar uma rotina de treinamento físico e atividades lúdicas em um aluno com Transtorno do Espectro do Autismo visando a melhora psicomotora e social; usamos as atividades lúdicas como base, visando a interação do aluno com os materiais disponíveis na academia, assim como as salas e ambientes da mesma. O aluno apresenta um grave desvio de atenção devido ao movimento e circulação de pessoas da academia, ainda mais quando são pessoas que ele aprendeu a conviver sem ter vergonha, pois sente muita vergonha em determinadas atividades que envolva um ambiente com grande circulação de alunos. Porem usamos o método comparativo para saber até aonde esse desvio de atenção poderia ser aproveitado dentro das aulas, sabendo que ao ter o contato visual com alunos em que ele conhece ou tem um laço afetivo, ele renderia muito mais na atividade proposta, pois tende a “mostrar” que sabe desempenhar a atividade. A atividade proposta foi cronometrar o tempo de resposta de 5 objetivos na sala onde estávamos, onde dizíamos um objeto e ele respondia com outro, dizendo o nome do objeto ou quando houvesse necessidade poderia apontar indicando o objeto escolhido. Executamos a atividade proposta com o aluno sozinho com o professor, logo depois testamos com um expectador durante a atividade. O aluno teve seu desempenho de raciocínio lógico praticamente dobrado durante a atividade com o expectador, concluindo a atividade proposta em menos da metade do tempo em que fez sozinho, não só esta atividade como em todas em que testamos obtemos o mesmo resultado. Concluímos que a interação social e psicomotora deve ser estimulada, para que o quadro de autismo em crianças não agrave tão precocemente.


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