Daniela Pereira Farias¹

Regina Schuerne²

RESUMO

O que define se uma pessoa é incluída ou excluída é o nível de aceitação das outras pessoas, diante disso temos um fator muito importante neste processo, que vem a ser a questão cultural, herança que recebemos de nossos antepassados e passamos a diante sem nem perceber, ou percebemos, mas preferimos não pensar no assunto, é mais cômodo achar que esse problema não é nosso, que não nos cabe mudar as regras de normalidades impostas pela sociedade. Na antiguidade as crianças que nasciam com alguma deficiência física ou mental eram literalmente descartadas, enterradas vivas, jogadas em precipícios, ou afogadas, e eles acreditavam que agiam certo, já que precisavam de guerreiros e não de pessoas que não poderiam viver sozinhas.  Historicamente o mundo exclui o diferente, o deficiente, seja por não entende-lo, ou por se achar superior, enfim, várias definições para um mesmo problema, a exclusão social, gerada por ideias preconcebidas herdadas de sociedades antigas, criando preconceitos abomináveis, e por essas razões a inclusão é tão difícil de se pôr em prática, ainda temos arraigadas essas ideias errôneas de modelo de corpo e mente, é nosso dever mudar tal cultura, que nos impõe estereótipos perfeitos e cérebros brilhantes. Em 1981 a ONU (Organização das Nações Unidas) criou um decreto tornando tal ano como o Ano Internacional das Pessoas Portadoras de Deficiência (AIPPD), época em que passou-se a perceber que as pessoas portadoras de alguma necessidade especial eram também merecedoras dos mesmos direitos que os outros cidadãos, e essa percepção tem que acontecer em nossas consciências, não fiquemos esperando que parta apenas das políticas públicas tornar a inclusão possível, esse é um dever de todos enquanto sociedade. Rumamos para um novo tempo, em que cada um tenha seu valor resguardado e respeitado, este é o objetivo deste trabalho, mostrar que essa cultura que gera a exclusão é ultrapassada e que podemos e devemos fazer um mundo diferente, não simplesmente trazendo o deficiente para perto, mas nos colocando perto dele, mostrando a sua importância, ajudando-o a perceber suas capacidades e realizar seus sonhos, projetos, ideais, tornando-o parte do todo, chega de pensar que ser deficiente é empecilho para se fazer qualquer coisa, ser qualquer coisa que se queira, o valor humano não se mede por quantas pernas se tem ou quantos braços, ou o quanto se enxerga ou ouve, ou ainda com qual rapidez se aprende, esse valor é medido pela capacidade humana de ser humano.

Palavras-chave: Exclusão – Inclusão – Deficiência – Sociedade.