RESPONSABILIDADE SOCIAL COM AS CRIANÇAS DO LOGRADOURO * Francianny Felleti * Jefferson Luis Vaz de Vargas * Jéssica Almeida de Azambuja *Marina Labres * Priscila Arruda * Rodrigo Silva .. Ivone Chassot Greis * Acadêmicos da disciplina de Desenvolvimento de Pessoas do Curso de Bacharelado em Administração da Universidade Luterana do Brasil. .. Docente do Curso de Administração e da Universidade Luterana do Brasil e orientadora deste trabalho. RESUMO Será apresentado neste artigo o trabalho de responsabilidade social que foi desenvolvido com as crianças do Logradouro, na cidade de Guaíba. Nesta comunidade pode- se perceber que há uma grande carência, principalmente por parte das crianças que ali residem. Existem voluntários do Lar Irmã Esther que dão apoio aos pequenos na Instituição Chico Xavier. Conhecendo um pouco da história desta comunidade, nós acadêmicos promovemos, juntamente com o apoio da coordenação do Campus e alguns voluntários, uma ação social com atividades e brincadeiras, buscando proporcionar momentos felizes e inesquecíveis. Palavras-chave: carência; crianças; ação social. INTRODUÇÃO A responsabilidade social é de suma importância em nossa sociedade, pois é a partir dela que conseguimos auxiliar comunidades mais carentes, praticando ações de igualdade humanitária, fazendo o bem ao próximo e proporcionando momentos, mesmo que pequenos, de alegria às crianças carentes. Devido as suas condições sociais, essas crianças infelizmente vivem em uma realidade de poucas oportunidades. Nosso grupo com este projeto quer possibilitar a esses jovens momentos alegres, em uma tarde com dinâmicas e brincadeiras. Movidos por esse ideal, a turma de Desenvolvimento de Pessoas, orientada pela professora Ivone, desenvolveu este trabalho na Instituição Chico Xavier no bairro Logradouro em Guaíba. Neste dia foi possível ver a alegria das crianças, onde com pequenos gestos que fazíamos a elas, recebíamos um carinho enorme. É gratificante poder fazer parte e alegrar a vida de um pequeno. Para que essa ação fosse realizada, foi necessária uma visita no local para conhecer, ver o que seria necessário levar para o dia da ação, analisar as condições do local e preparar um roteiro de atividades para executarmos. A partir desse momento, com as fotos do local e tendo ciência do que precisaríamos levar, realizamos as divisões das tarefas e afazeres, para que no dia combinado, estivéssemos com tudo pronto para proporcionar o dia de brincadeiras para as crianças. AÇÃO SOCIAL No momento em que foi decidido qual seria a ação social a ser desenvolvida pelo grupo, a primeira coisa feita foi conhecer o lugar e analisar as condições que enfrentaríamos no dia. Foi estimado um número de 50 a 80 pessoas como o público que precisaríamos atender, entre crianças, adultos e parentes. A nossa ideia principal foi proporcionar um dia de brincadeiras para as crianças, onde não só distribuiríamos brinquedos e/ou alimentos, mas daríamos atenção e carinho para elas. Estabelecido o local e o número de pessoas, foram distribuídas as tarefas entre os integrantes do grupo. Uns ficaram responsáveis por comprar os ingredientes que precisaríamos para fazer o lanche da tarde (cachorro quente e refrigerante), outros por organizar as brincadeiras a serem realizados ao longo do dia, já alguns colegas pelo planejamento das atividades e demais detalhes importantes. Contratamos um casal especializado em brinquedos e monitoria para que levassem duas camas elásticas e uma piscina de bolinha para as crianças brincarem à tarde (anexo 1 e 2). Eles movidos pela causa, também se propuseram a ajudar, fazendo um valor especial na contratação dos brinquedos. Além dessas três atividades, preparamos também brincadeiras como “ovo podre” (anexo 3), “morto-vivo”, estátua, desenhos (anexo 4), pinturas, “tatuagens” – desenho com tinta na pele das crianças e balão surpresa com balas, pirulitos e guloseimas. Dividimos o tempo para conseguir realizar todas as brincadeiras, aonde as crianças não chegassem a cansar com uma ou outra atividade, deixando uma parte maior do tempo reservada para as brincadeiras na rua (cama elástica e piscina de bolinha). No inicio em que iniciamos as atividades, tivemos certa resistência por parte das crianças, até pelo fato de não conhecer nosso grupo. Porém ao longo da tarde, as crianças foram criando confiança e “se soltando”. Felizmente, tivemos uma ótima aceitação na comunidade. O nosso colega Rodrigo se fantasiou de BATMAM (anexo 5) para brincar e entreter as crianças. Ele foi à sensação não só dos pequenos, mas também entre os mais velhos, que acabaram se rendendo ao encanto do herói. Recebemos a visita de várias mães, avós e tias que acompanharam as crianças ao longo da tarde, participando juntamente com elas do cronograma de atividades programadas. A sensação de felicidade e diversão partia dos familiares também, que por alguns momentos voltavam a ser crianças e sentavam no chão para desenhar, brincando com os pequenos. Além das atividades e brincadeiras, levamos cachorros quentes e refrigerantes para distribuir para as crianças no refeitório após as dinâmicas. Para isso, contamos com a ajuda de mães e amigos dos colegas, que se disponibilizaram a ajudar a nossa causa e doarem o seu tempo para preparar o lanche para as crianças. Foi super perceptível a vontade que eles estavam de comer, o prazer em que sentiam em saborear aquele lanche. Para nós pode ser super comum, mas para as crianças era algo diferente ao qual não estão acostumados. Para a realização deste projeto contamos com a ajuda de voluntários do Lar Irmã Esther, Márcia e Edgar, que nos apresentaram o lugar em que realizam o voluntariado, a professora Patrícia, que dá aulas na Instituição sem remuneração, apenas por amor. Foi necessário para a realização da ação social que levássemos vários materiais, como: lápis de cor, giz de cera, folhas de papel, bolas de futebol, tinta guache, balas e pirulitos, que ao final deixamos para que as crianças pudessem utilizá-los na Instituição. O grupo conclui que foi muito gratificante ter participado do projeto de responsabilidade social. As crianças nos ensinaram muito e, são exemplos de que com pequenas coisas podemos ser muito felizes em nossas vidas. CONCLUSÃO Com a realização deste trabalho, podemos perceber que não é preciso muito para deixar marcas e influências na vida das crianças. Na verdade, tudo o que elas precisam de fato é carinho e atenção. Nós conseguimos, sem duvidas, através de uma tarde de atividades e brincadeiras, promover momentos de felicidade que certamente marcou a vida delas. Foi muito gratificante ver a felicidade no olhar, ter a certeza de que estávamos fazendo algo bom ao próximo e que aquele momento de descontração, poderia ser o único em meses de sofrimento e angustia, ou que, provavelmente a maioria daquelas crianças nunca tenham tido oportunidades antes em suas vidas de brincarem com os brinquedos que levamos. É importante registrar que, assim como a instituição Chico Xavier, há dezenas de outras instituições que precisam de ajuda, espalhadas pelos mais diversos lugares. Instituições estas, que atendem crianças, idosos, deficientes e pessoas carentes, fazendo a diferença na vida destes. O que falta também são pessoas que ajudem dando carinho e atenção, que muitas vezes é somente isso o que os mais carentes precisam. Devemos nos conscientizar e fazer a nossa parte em busca de um mundo melhor e mais justo, com menos desigualdade social e com mais ações para aqueles que mais precisam. ANEXOS Figura 1: Piscina de bolinha. Fonte: Fotos tiradas no local. Figura 2: Cama Elástica. Fonte: Fotos tiradas no local. Figura 3: Batman. Fonte: Fotos tiradas no local. Figura 4: Desenhos. Fonte: Fotos tiradas no local. Figura 5: Batman e Crianças. Fonte: Fotos tiradas no local. Figura 6: Marcas das mãos. Fonte: Fotos tiradas no local. Figura 7: Crianças e voluntários. Fonte: Fotos tiradas no local. Figura 8: Crianças. Fonte: Fotos tiradas no local.