Portal de Eventos da ULBRA., XVI Salão de Iniciação Científica e Trabalhos Acadêmicos

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DESENVOLVIMENTO INFANTIL: UMA ANÁLISE COGNITIVO-EMOCIONAL
Juliane Schulz Cardoso

Última alteração: 22-08-2016

Resumo


A infância constitui uma importante fase do Ciclo Vital, sendo um período de desenvolvimento físico e mental em que a pessoa adquire estruturas que a acompanharão durante toda a vida. Desta forma, estudar o desenvolvimento das crianças tem grande relevância para a psicologia, a fim de buscar-se um padrão de normalidade norteador, na passagem pelo período. O objetivo deste trabalho de cunho qualitativo, desenvolvido na disciplina de Ciclo Vital,     foi comparar o desenvolvimento de uma criança, do sexo feminino, de 6 anos de idade, com as teorias apresentadas por autores que fundamentam o desenvolvimento humano nesta fase. Esta pesquisa utilizou como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada com a mãe, a observação assistemática da criança e Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A entrevista semiestruturada possibilitou, com bastante riqueza de detalhes, a coleta de informações acerca do desenvolvimento físico, cognitivo e emocional da criança, contribuindo significativamente para a análise do desenvolvimento da mesma. A observação assistemática salientou que a criança apresenta um comportamento que sugere uma capacidade de independência própria para o período, não apresentando dificuldades de separação com a mãe, e mostrando-se bastante ativa nas brincadeiras. Durante o tempo em que foi observada, mostrou preferência pelo pai, recorrendo menos à figura materna. Pode-se identificar relação com teorias importantes, como a passagem pela fase edípica, de Freud, enfatizada pela sua preferência pelo pai, e que demonstrou que houve o que o autor chama de mudança de objeto de amor; a vivência das três etapas de desenvolvimento psicoafetivas de Mahler, uma vez que a criança era calma, dormia bastante e posteriormente mostrou ausência de ansiedade, e boa tolerância para a separação com a mãe; a relação de apego, de Bowlby, pois não recorre à mãe em demasia, teve boa adaptação na creche e a função de socialização é notadamente saudável, demonstrando um apego seguro; pela semelhança entre mãe e filha percebeu-se que a função da mãe em ser espelho para a criança, apresentada por Winnicott, foi alcançada, e o fato de a criança não ter chorado em seu ingresso na creche, apresentando boa tolerância à frustrações, demonstraram o que o autor chama capacidade de estar só; como características da fase pré-operatória de Piaget, destacou-se o finalismo, quando perguntou sobre o porquê estarem “esquentando o fogo”, ao ver um secador de cabelos ser utilizado para acender a churrasqueira, e o realismo,  na materialização de “amigos imaginários”. Nota-se claramente, a partir da observação e das questões trazidas pela mãe, a importância da relação mãe bebê no desenvolvimento saudável da criança, realidade esta apoiada pela literatura. Concluindo, os resultados mostraram que a criança encontra-se dentro da normalidade esperada para o período, de acordo com as perspectivas apresentadas pelos autores.


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