Última alteração: 27-10-2019
Resumo
Ao olharmos para as nossas escolas, hoje, tanto em âmbitos públicos quanto privados, somos cada vez mais desafiados a formação continuada e a constante reflexão frente nossa própria prática docente. Até que ponto viabilizamos efetivamente a inclusão nestes espaços sociais do aprender ou acabamos pecando por uma exclusão mascarada e a manutenção de sistemas de opressão. Dito isso, em tempos globalizados onde as conexões e o acesso a informação tornaram-se mais fáceis e as diversidades vem nos sendo postas frequentemente como objetos de estudo, a Pedagogia enquanto ciência, principalmente a práxis escolar de sala de aula cotidiana, distancia-se, cada vez mais, de ideais de homogeneidade, de alunos sem voz e da concepção de professor enquanto persona pronta e detentora de um saber fixo/absoluto.
Partindo, assim, desse norte, esse trabalho propõe por meio de aportes teóricos bibliográficos e observações práticas, apresentar ponderações frente um olhar mais atento e humanizado sobre as singularidades de nossas alunagens traçando paralelos com dois transtornos recorrentes os quais têm exigido de nós maior desacomodação e engajamento. Trazendo questões como origem, diagnóstico, tratamentos e sugestões de intervenção pedagógica, abordaremos tanto o Transtorno Opositor Desafiador (TOD) quanto o Transtorno do Espectro Autista (TEA) aportados em ideais de respeito e o desejo de rompimento com amarras de preconceito e marginalização desses sujeitos.