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A EVOLUÇÃO DO ESTERIOTIPO SOCIAL

palavras-chave: Evolução social - padrões impostos - beleza

Introdução

Este trabalho aborda o tema estereótipo, considerando sua influência e sua presença  no dia a dia da sociedade. Abranger essa temática é uma situação muito complexa, visto que o padrão,  independente de localidade, muda com o tempo, como é possível observar ao longo das décadas e gerações.

Com o auxílio de pesquisas bibliográficas e de um questionário, buscou-se entender o que é o padrão pela perspectiva de pessoas comuns e sobre o como ele pode influenciar nas decisões cotidianas, sendo considerado um divisor de opiniões por conter aspectos negativos, de certo modo, preconceituosos e repetitivos, sem algo diferente do esperado.

O estereótipo está presente nos seres vivos desde, basicamente, sempre. Entender o porquê da existência desse pré-julgamento torna-se  essencial para chegar a conclusões acerca de como influencia tanto no meio social, dividindo e excluindo muitos indivíduos por não estarem dentro do determinado a se seguir.

O presente trabalho apresenta, em suas partes, os objetivos, a fundamentação teórica, o problema de pesquisa, a pesquisa de campo, a metodologia, os resultados e as referências.

Objetivos

OBJETIVO GERAL

Compreender determinados padrões e como eles podem incluir ou excluir alguém do meio social.

 

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

Elencar quais são os tipos de padrões impostos.

Listar quais eram os padrões da antiguidade e quais são os atuais.

Metodologia ou Material e Métodos

Esse estudo baseia-se em pesquisa bibliográfica, a qual abordará a seguir alguns tipos de estereótipos:

 

ESTEREÓTIPO DE GÊNERO

O estereótipo de gênero é, de forma resumida, uma generalização sobre comportamentos e características de indivíduos na sociedade, independente do sexo. Um exemplo a ser notado, mesmo na atualidade, é a crença de que o homem é mais competente do que a mulher em determinados trabalhos, como os que demandam mais força física ou que tendem a precisar de um raciocínio mais rápido.

 

ESTEREÓTIPO DE BELEZA

É possivelmente o assunto mais recorrente dentro da temática estereótipo, ou seja, é o modelo padrão de aspectos físicos dos indivíduos. Neste modelo, é possível ressaltar o corpo e o peso, os quais são cruciais para uma pessoa estar ou não inclusa dentro do que é ser visto como belo. O “belo”, neste sentido, pode apresentar muitas variações, dependendo principalmente de localidade e cultura em que é inserida.

 

ESTEREÓTIPO DE CRENÇA

Esse é o estereótipo visualmente menos falado entre as pessoas e a mídia, porém nitidamente é o que mais ocasiona intrigas, mortes e guerras no mundo desde o começo dos tempos. As pessoas à todo momento são julgadas e mortas,  por simplesmente seguirem uma religião ou crença distinta de outras. Até grandes nomes, como Nelson Mandela,  já lutaram pelo respeito de crenças, porém até na década em que vivemos guerras ainda acontecem em prol da intolerância religiosa. Esse estereótipo é o que faz algumas pessoas acreditarem que a religião que elas seguem também deve ser seguida por outras, porém com tantas religiões existentes na atualidade nem há coerência nessa ideia.

 

ESTEREÓTIPO SOCIAL E ECONÔMICO

É o estereótipo que tem relação principalmente com a classe social em que um indivíduo se encaixa, sendo assim um indivíduo pode ser considerado inferior do que o outro por possuir menos bens materiais, separando-os em classes socioeconômicas, o pobre e o rico. Esse é o tipo de padrão mais documentado na mídia, como em programas, quando uma pessoa de menor renda ganha recompensas por realizar jogos, tendo um final “feliz”, idealizado por muitos.

 

PADRÃO SOCIAL NA ANTIGUIDADE

Na antiguidade o padrão social era tão importante como ele é atualmente, e as exigências não eram muito distintas das atuais. Beleza, status econômico e religião estavam entre outras coisas a serem consideradas importantes para julgar uma pessoa dentro ou fora de um padrão. O status econômico era algo muito importante, riqueza era sinônimo de poder, assim como a beleza também era algo essencial. Os padrões de beleza são curiosos comparados com os atuais, pois mulheres mais robustas eram consideradas as mais belas. Já os homens quanto mais musculosos eram mais bela era sua aparência, como podemos perceber nas estátuas gregas.

 

A EVOLUÇÃO DOS PADRÕES SOCIAIS

Os estereótipos mudaram muito ao longo dos séculos, porém nunca deixou de existir aquele padrão a ser considerado o certo a se seguir. Os padrões financeiros quase nada mudaram, quanto mais dinheiro, mais visibilidade e poder. O padrão religioso sempre foi um problema, e ainda é por conta da intolerância religiosa e vários outros problemas. Todavia, notavelmente o padrão que mais evoluiu ao decorrer dos anos foi o de beleza, principalmente no que se se diz respeito de beleza feminina. E lógico que com isso acabou influenciando até mesmo a economia, com a indústria de cosméticos e moda crescendo mais a cada ano. Na grécia antiga a harmonia e o equilíbrio eram algo extremamente valorizados, usava-se roupas com tecidos mais leves, com a intenção de marcar as curvas, mulheres um pouco robustas eram consideradas as mais belas, e já os homens tinham que ser musculosos e também não usavam muitas roupas. Na Idade Média o padrão era totalmente contrário ao da Grécia, pois o julgado padrão e aceitável era o recato, tanto de roupas quanto de comportamento e principalmente quando se dizia respeito às mulheres, isso tudo por conta da influência do cristianismo que fazia Maria como padrão a ser seguido pelas mulheres. O período do Renascimento trouxe novamente a adoração ao corpo feminino e a ideia de que mulheres com mais curvas eram as mais belas, por isso começou a se tornar regra o uso de espartilhos, vestidos mais cheios e etc. Nos anos vinte a ideia de um corpo feminino mais magro e reto se tornou famosa, as mulheres usavam vestidos compridos e retos para dar essa aparência de corpo esguio, e com a maior autonomia das mulheres trabalhando fora, o corte de cabelo curto também ficou famoso virando moda. A partir dos anos oitenta as mulheres começaram a valorizar mais suas curvas naturais, porém ainda sim se estabeleceu um padrão bem relevante de que as mulheres deveriam ter seios maiores, sendo assim as cirurgias plásticas começaram a se tornar famosas. Atualmente modelos de revistas e passarelas ditam totalmente o padrão de beleza, com sua falsa beleza de edições de fotos, magreza e desnutrição extrema acabam influenciando principalmente o público jovem a desenvolverem doenças como a bulimia e anorexia, não esquecendo de citar os problemas psicológicos de baixa autoestima, depressão, ansiedade e que até mesmo podem influenciar o risco de suicídio.

Nossa pesquisa centrou-se em alcançar o público virtual, realizando um questionário online e divulgando-o por rede sociais, com objetivo de abranger pessoas de 15 a 20 anos, obtendo poucos casos 20+. O total de pessoas entrevistadas foram 190 e após a conferência  dos dados, constatou-se que 86,8% do público foi feminino. A primeira tabulação levou em consideração o tipo de padrão masculino mais ideal, segue o gráfico abaixo:

 

 

Com isso, conclui-se que o padrão masculino mais desejado e imposto atualmente é alto, magro, loiro, olhos claros e musculoso, com aproximadamente 69,5% dos votos totais.

A segunda tabulação levou em consideração o tipo de padrão feminino mais ideal, segue o gráfico abaixo:

 

É possível se concluir que há dois padrões mais desejados e impostos, são eles: Alta, magra, loira, olhos claros e cabelos lisos e Baixa, magra, morena, seios fartos e cabelos lisos.

Nos dados coletados, poucos indivíduos marcaram “Outra opção”, o que leva à conclusão de que o padrão ainda é um fator determinante e que influencia a sociedade, deixando suas características bem marcadas para serem seguidas.

Resultados e Conclusões finais ou parciais

Por meio de pesquisas e discussões realizadas ao longo do trabalho, compreendeu-se que o estereótipo, por estar presente desde o início das civilizações, não pode ser descontraído de forma que não seja um determinante social, ou pelo menos, não de uma hora para outra. Constatou-se que o ser humano tende a escolher, na maioria das vezes, um padrão de beleza perfeito, que beira a perfeição, não sendo possível ser desconstruir, apenas remodelar durante os anos. Acredita-se que a nova geração vem quebrado alguns padrões e aceitado mais o diferente para si, entretanto ainda com muito preconceito e discriminação envolvida, mas que em passos lentos está em um caminho.