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O QUE FAZ BEM” E “O QUE FAZ MAL À SAÚDE”: O OLHAR DE ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL I DE UMA ESCOLA DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE
Eduarda Wolski Vargas, Fernanda Carneiro Leão Gonçalves, Rossano André Dal-Farra

Última alteração: 17-09-2017

Resumo


As concepções de saúde e ambiente são importantes aspectos para a construção da qualidade de vida na população. Diante dessa premissa, o presente estudo tem como objetivo analisar as inter-relações entre estas dimensões da vida humana por meio da análise de produções pictóricas de estudantes do ensino fundamental. Foram analisados desenhos realizados por 330 alunos de uma escola municipal da região metropolitana de Porto Alegre distribuídos do 1º ao 5º ano em resposta às seguintes indagações: “O que faz bem à saúde?” e “O que faz mal à saúde?”. O processo de estudo em questão envolveu, ainda, outras atividades, tais como: trabalhos em campo, pequenas entrevistas e apresentação de exposição dialogada com imagens para que os estudantes atribuíssem escores de 1 a 5. Os dados foram analisados com Métodos Mistos, envolvendo Análise de Conteúdo e Estatística Descritiva e Inferencial, buscando integrar os componentes qualitativos e quantitativos. Foi observado que, nas concepções dos alunos, o que “faz bem para saúde” é, preponderantemente se alimentar de frutas, verduras e legumes. Houve reduzidas menções a produtos de origem animal. Por outro lado, os doces, balas, chocolates e assemelhados foram maciçamente desenhados em resposta à pergunta “o que faz mal à saúde”. De forma geral, muitos desenhos apresentaram uma inquietação com o ambiente do entorno, já que a presença de elementos da natureza, especialmente plantas, foram lembrados no item “faz bem à saúde”. O presente estudo demonstrou a relevância do desenho como metodologia de forma integrada na Pesquisa com Métodos Mistos, apontando, ainda, o papel da escola em relação à preconização de alimentos mais saudáveis, cuja frequência foi superior às representações associadas à cura das doenças, tal como médicos e hospitais. Da junção dos dados quantitativos e qualitativos obtidos na totalidade da pesquisa emerge um contexto de vida em um ambiente permeado pela presença de resíduos sólidos dispersos no bairro, tal como foi possível observar na visita ao local. Percebe-se ainda, tanto nos aspectos positivos, quanto nos negativos, relevantes ênfases voltadas às questões de saneamento básico, em especial a necessária coleta e o adequado destino dos resíduos sólidos. Demais aspectos presentes foram, a “poluição”, e as questões voltadas à violência urbana. A continuidade das análises tem possibilitado constatar a preocupação dos estudantes com a insalubridade do entorno, diante dos reduzidos escores atribuídos às imagens do local, comparados com demais cenários apresentados, indicando a necessidade de repensar as condições de vida na localidade.


Palavras-chave


Saúde, concepções, ambiente, estudantes, ensino fundamental.

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