A cada dia surgem novas aplicações para os plásticos. Essa ampla versatilidade deve-se à enorme flexibilidade das propriedades apresentadas por esses materiais, contribuindo para o surgimento contínuo de inovações. Desde que foram descobertos, os plásticos vêm substituindo uma grande gama de materiais, tornando-se um meio alternativo e mais barato para as empresas em relação à outras matérias primas. O poliestireno é um material muito versátil (é excelente isolante térmico e acústico; tem alta resistência mecânica; impermeável; quimicamente inerte) e, por isso, suas aplicações são muito diversificadas.  O uso de embalagens de poliestireno expandido tem contribuído para a produção de resíduos sólidos no meio rural e urbano. Levando em consideração todo este contexto atual, o projeto visa o reaproveitamento químico do poliestireno expandido, comumente conhecido como isopor, utilizando a propanona, com três diferentes aditivos (pó de PET, serragem e fibra de vidro) em sua composição, a fim de gerar materiais que retornem ao ciclo de produção e que permitam a aplicabilidade em diferentes produtos, e, com isso, diminuir o impacto ambiental causado pela destinação inadequada do EPS, já que, atualmente, os métodos de reciclagem já não se mostram de todo efetivos e a população em geral não descarta de forma correta seus resíduos. As amostras para análise obtiveram custo zero, pois os materiais utilizados foram provenientes de reciclagem ou descarte. O material obtido através da reciclagem química do EPS com diferentes aditivos origina uma massa moldável, oferecendo facilidade de manuseio, o que possibilita que seja moldado para diferentes aplicações dependendo da sua finalidade, e, com a evaporação do solvente propanona, dá origem a um material rígido com propriedades mecânicas definidas. A fim de analisar as propriedades mecânicas do material e sua durabilidade para ser utilizado como matéria prima em construções civis, uma amostra em branco com volume de 30cm³ foi submetida a análise dínamo-mecânica (DMA), onde foi possível a determinação quantitativa das propriedades mecânicas sob força estática e mecânica em função do tempo, frequência ou temperatura. Através da reciclagem química do EPS percebeu-se a real possibilidade da confecção de novos materiais com baixo investimento, abre-se um novo horizonte para a reciclagem deste material que traz grande impacto ambiental e social quando descartado de forma incorreta.  Novas possibilidades de reuso de matérias já processadas se faz necessário devido à grande demanda atual de matéria-prima (que estão se esgotando) e o impacto ambiental que causa. Se mostra relevante a necessidade de verificar automação do processo e a viabilidade de produção em escala industrial, uma vez que, para disponibilizar este material no mercado haveria a necessidade de otimizar a produção.