Última alteração: 30-09-2016
Resumo
São conhecidos mais de 60 mil plásticos diferentes. Dessa enorme densidade, há cerca de vinte deles que estão entre os cinquenta produtos químicos mais utilizados na indústria química, e um destes é o poliestireno. O poliestireno têm uma durabilidade significativa, apresentando impactos ambientais consideráveis. Sabendo disso, desenvolveu-se uma telha com o reaproveitamento deste polímero muito presente em nosso cotidiano. O poliestireno é um material muito versátil e por isso suas aplicações são muito diversificadas. É bastante comum na forma expandida (EPS), comumente conhecido como Isopor®, muito utilizado para proteger e amenizar os impactos de outros materiais. Analisa-se, então, a alternativa de reciclagem através da construção de uma telha no modelo plana com reaproveitamento do EPS, através da reciclagem química. Para a produção de uma telha neste modelo, utiliza-se um volume de 3 000 cm³ de expandido e um volume 35 0000 mm³ de propanona, no qual seus resíduos serão reutilizados para a fabricação das próximas peças. Para a confecção do molde, utiliza-se madeira e como estrutura a telha plana. O molde originará uma telha no formato plana com as seguintes proporções: 201 mm de largura; 310 mm de altura; 30 mm de profundidade, com duas fendas para encaixe, cada uma medindo 13 mm de profundidade e 310 mm de altura. A telha no modelo plana para este trabalho apresentou custo zero, pois os materiais utilizados foram provenientes de reciclagem ou descarte. O material proveniente da reciclagem química origina
uma massa moldável oferecendo possibilidade de manuseio, que, com a evaporação do solvente utilizado (propanona), dá origem a um material rígido com propriedades mecânicas definidas. O EPS complementa a estrutura de forma a condicionar as propriedades de isolamento térmico, dando origem a uma telha com propriedade de resistividade e isolamento térmico diferente das disponíveis em mercado: estabiliza mais facilmente a temperatura do ambiente; é mais estável a fixação na estrutura do telhado; apresenta maior isolamento térmico; menores chances de infiltração; maior estabilidade ao impacto. Através da reciclagem química do EPS, percebeu-se a real possibilidade da confecção de novos materiais com baixo investimento. Há a necessidade de novos testes mecânicos, como por exemplo, o de condicionamento ao tempo, temperatura e pressão simulando as diferentes estações do ano e os diferentes condicionamentos climáticos que a telha ficará exposta. Mostra-se relevante a necessidade de verificar automação do processo e a viabilidade de produção em escala industrial.