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CAME – Centro Arquitetônico Musicoterápico Esportivo
Cloé Dagnese Loredo, Marina Viviane Reichert, Nicole Dupont

Última alteração: 22-10-2014

Resumo


Com o avanço vertiginoso da tecnologia, a dependência humana desses gadgets se agravou. Ao passo que a mesma cresce em termos alarmantes, as relações sociais “olho-no-olho” extinguem-se, perdendo seu lugar para as redes sociais virtuais. Não há mais tempo para conversar com os amigos, muito menos apreciar a paisagem ou elementos simples do cotidiano; relações em geral necessitam de calor humano, coisa que cada vez mais está sendo perdida. Com isso em mente, o projeto foca-se em três áreas ligadas ao meio social, apesar de distintas entre si: arquitetura, música e práticas esportivas. Quando observadas com o objetivo de resgatar uma sociedade iminentemente próxima da desagregação, as mesmas tomam a forma de algo concreto e belo que poderá conquistar o seu meio. CAME é um Centro Arquitetônico Musicoterápico Esportivo definido pelo objetivo de atingir a sociedade onde ela se perdeu: nas interações e carências sociais e humanas. Visando proporcionar um espaço adequado, confortável e com um ótimo planejamento arquitetônico para o desenvolvimento de práticas física e instrumental, apresentações culturais e maior conectividade e proximidade entre uma comunidade, o CAME é o próximo passo para a melhora do bem-estar de uma cidade ou região. Registros em papiro expressam a música como forma de aumentar a fertilidade feminina, bem como Platão já afirmava (427 a.C.) que “a música é o remédio da alma”. Quanto ao esporte, datam-se informações desde muito antes da Grécia Antiga, praticamente afirmando que as práticas esportivas fazem realmente parte do complexo humano. A arquitetura não pode ser vista somente como uma profissão, o trabalho de um arquiteto, como diz Angela Gordilho (2014), é o de um “agente de transformação”; em um mundo onde tudo é tão corrido, o profissional da arquitetura expõe as possibilidades de forma otimizada, com calma e paciência, para o melhor aproveitamento de uma edificação. Não restam dúvidas de que houve uma alienação do convívio real e de seus benefícios com o avanço tecnológico atual, concomitantemente à dos conhecimentos dos proveitos das áreas citadas anteriormente. Espera-se que todas as respostas estejam na ponta da aba do navegador, quando, na verdade, essa foi esquecida em livros empoeirados e na mente de sábios antigos; uma tela pode reter muita informação, mas não basta viver a sua frente para fazer uso do que ela contém. Externar a importância de uma mudança de atitude somente com palavras não fará a diferença, ações valem mais do que palavras. Está mais do que na hora da sociedade tomar uma posição em busca da reaquisição desses valores. O CAME ousa ser uma luz para auxiliar na solução dos problemas contemporâneos da humanidade.


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