Última alteração: 22-10-2014
Resumo
O uso de plantas medicinais vem sendo repassado dos mais velhos para as novas gerações. Com isso a comunidade científica tem mostrado interesse em investigar as populações que utilizam as plantas medicinais no seu dia a dia. A Cecropia pachystachya, mais conhecida como embaúba, está presente em várias formações vegetais, na floresta estacional semidecidual, característica do bioma Mata Atlântida, em regiões alagadiças, presente nos biomas do Pantanal e do Cerrado, frequente entre o Rio Grande do Norte e Santa Catarina, pois é utilizada em áreas degradadas por apresentar um rápido crescimento. É descrito para essa planta a presença de triterpenos e flavonoides. A C. Pachystachya é usada na medicina popular como sedativo, hipoglicemiante, antiinflamatória, cardiotônica, anti-hipertensiva, antioxidante e antimalárica. Devido ao uso medicinal de C. Pachystachya pela população e poucos estudos avaliando seu potencial tóxico e citotóxico, justifica-se a necessidade de um estudo mais amplo avaliando o potencial tóxico do extrato de folhas de C. pachystachya. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito citotóxico do extrato bruto de C. pachystachya em linhagens celulares de tumores humanos. Nesse sentido, as linhagens celulares de câncer humano HT-29 (intestino), MCF-7 (mama), OVCAR-3 (ovário), U251 (glioma) e H460 (pulmão) foram expostas a concentrações seriadas do extrato da planta durante 72 h. Após, o efeito citotóxico foi avaliado utilizando o ensaio colorimétrico de sulforodamina B. Os resultados demonstraram que o extrato bruto de folhas de C. pachystachya apresenta citotoxicidade em todas as linhagens celulares avaliadas com valores de IC50 variando entre 4,0 a 40,0 µg/mL. Nossos achados sugerem uma avaliação mais detalhada da C. pachystachya como possível composto antitumoral.