Última alteração: 14-09-2018
Resumo
Palavras chave – Autoeficácia; Aleitamento Materno; Enfermagem na Saúde Materno-Infantil.
INTRODUÇÃO – A definição de Aleitamento Materno Exclusivo (AME), preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e reforçada pelo Ministério da Saúde (MS), pressupõe que a criança receba até os seis meses de vida somente o leite materno na alimentação, e após Aleitamento Materno (AM) complementado com outros alimentos até os dois anos ou mais. Os benefícios do leite materno estão cientificamente comprovados, estando diretamente envolvido tanto no desenvolvimento cognitivo, emocional e crescimento saudável das crianças. Na amamentação a autoeficácia consiste no empoderamento da mulher em amamentar, cujo desenvolvimento irá depender da confiança ou expectativa da gestante ou nutriz perante o aleitamento materno, seus conhecimentos e habilidades para tal. Para que haja uma intervenção de qualidade, o papel do enfermeiro é de fundamental importância na assistência como suporte social e estímulo. OBJETIVO – Avaliar até o sexto mês do período pós-parto a autoeficácia de puérperas quanto ao seu potencial de amamentar. METODOLOGIA – Pesquisa de delineamento longitudinal, prospectivo, com abordagem quantitativa, cujos dados foram coletados em dois momentos dispondo-se do instrumento da Breastfeeding Self-Efficacy Scale – Short Form (BSES-SF) na versão brasileira reduzida para avaliar a autoeficácia das puérperas, com resposta do tipo Likert, utilizando o somatório da pontuação obtida em cada item da escala: eficácia baixa (14 a 32 pontos); eficácia média (33 a 51 pontos) e eficácia alta (52 a 70 pontos), sendo que no primeiro ocorreu por contato direto com a puérpera realizado no Alojamento Conjunto do Hospital Municipal de Ji-paraná, e no segundo momento por contato telefônico aos seis meses. A amostra inicial do estudo foi composta por 60 puérperas sendo que no segundo momento obtivemos uma perda de 10 totalizando 50. RESULTADOS E DISCUSSÃO – Foi constatado que a maioria das puérperas apresentou elevada autoeficácia no primeiro momento com (N= 60; 100%) sendo que (N= 42; 70%) alta e (N= 18; 30%) média. E no segundo momento tivemos uma perda de 10 amostras, porém, observamos um aumento na alta eficácia comparado com o primeiro (N= 45; 90%), e uma redução da média eficácia (N= 5; 10%). CONSIDERAÇÕES FINAIS – É importante considerar que um alto score de autoeficácia facilita a adesão a amamentação. Contudo o fato de a mulher apresentar elevada alto eficácia não é suficiente para que esta mantenha o Aleitamento Materno Exclusivo pelo período preconizado de seis meses. Sendo necessário o apoio continuo dos profissionais de saúde, em especial o enfermeiro já que o mesmo está diretamente envolvido nas consultas de pré-natal e puerpério, durante o processo de amamentação.