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TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA SÍNDROME DA DOR MIOFASCIAL
Kélly Cristina Silva Sampaio, Alessandra dos Santos Silva, Ana Carolina dos Santos Zanin, Franciely Melo da Cruz, Hudson Yago Soudre Cardoso, Jhenifer Augusta Souza de Sa, Marilene Celestino Barbosa Amaro

Última alteração: 05-10-2017

Resumo


Palavras chave: Miofascial, Dor, Ponto-Gatilho.

INTRODUÇÃO - A síndrome da dor miofascial (SDM) é uma desordem regional neuromuscular caracterizada pela presença de locais sensíveis nas bandas musculares tensas (contraí­das), ocorrência de dor em queimação, peso ou dolori­mento, às vezes em pontadas, limitação da amplitude de movimento e, em alguns casos, fadiga muscular, produzindo dor referida em áreas distantes ou adjacentes. Os distúrbios propriocepti­vos que podem estar associados são: desequilíbrio, ton­tura, zumbido e distorção do peso dos objetos (BENNET RM, Goldenberg DL). O objetivo deste trabalho foi revisar os estudos da literatura, a fim de identificar e agrupar informações sobre a síndrome da dor miofascial e seu tratamento.

METODOLOGIA - Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica de publicações em revistas periódicas, livros, artigos coletados em bibliotecas virtuais: Scielo, e Google Acadêmico, utilizando a combinação dos termos: Miofascial, Dor, Ponto-Gatilho. As publicações selecionadas referem-se aos anos de 1998,2001 e 2011 e foram pesquisadas em Setembro de 2017.

RESULTADOS E DISCUSSÃO - A síndrome miofascial pode ser classificada em SMF primário, envolvendo músculos esqueléticos e fáscia, sendo um dos exemplos mais frequente a Síndrome de distensão cervical crónica e SMF secundário, que resulta de doenças subjacentes, nomeadamente: de cicatriz antiga de laminectomia com dor persistente, Distrofia simpática reflexa, dor músculo–esquelética de Osteoartrose (MANHEIN, C, 2001). O diagnóstico dos pontos gatilhos é feito pela exploração física, que deve levar em conta os sinais físicos demonstrados, in­cluindo: presença de tensão palpável em uma zona musculoesquelética, a presença de nódulos doloridos hipersensíveis na zona de tensão muscular, contração local visível ou palpável à compressão (DAVIDOFF, R. A, 1998). Sugere três tipos de abordagem: injeção de solução anestésica nos pontos gatilhos, fisioterapia (aplicação de bolsas quentes, ultrassom e massagem terapêutica para possibilitar o alongamento muscular) e controle no que se refere à má postura muscular. Também e indicado a fisioterapia caseira, através de exercícios de alongamento passivo, que deve ser realizada em ausência de dor. A cinesioterapia visa aprimorar e aperfeiçoar a atividade mecânica gerada pelos músculos e proporcionar anal­gesia, recuperação da expansibilidade tecidual, força, resistência à fadiga e restabelecimento da cinestesia, isto é, dos padrões fisiológicos.

CONCLUSÃO - Conclui-se que a SDM, atualmente, ocasiona um impacto significativo na qualidade de vida dos que sofrem dos seus sintomas. A fisioterapia promo­ve os maiores ganhos na diminuição do impacto dos sintomas da síndrome da dor miofascial na vida dos pacientes, daí a importância do trabalho mul­tidisciplinar e educativo no qual o fisioterapeuta, parti­cipa informando e instruindo corretamente os pacientes. O processo de reabilitação geralmente é prolongado e de­pendente da educação e da responsabilidade do paciente e do desenvolvimento de parceria entre fisioterapeuta­-paciente baseada na confiança mútua. Em longo prazo, a conduta não reside apenas no tratamento dos PG, mas na identificação e modificação dos fatores contribuintes, visto que estes estão relacionados aos aspectos biopsi­cossociais dos pacientes.

BIBLIOGRAFIA

BENNET RM, Goldenberg DL. Fibromyalgia, myofas­cial pain, tender points and trigger points: splitting or lum­ping? The Journal of Pain 2011;13(3):3-5.

DAVIDOFF, R. A. Trigger points and myofascial pain: toward understanding how they affect headaches. Cephalalgia: an International Journal of Headache, Oslo, v. 18, n. 7, p. 436-448, 1998.

MANHEIN, C. The Miofascial Release Manual. Thorofare, NJ: Editora Slack Incorporated; 2001.