Última alteração: 05-10-2017
Resumo
Palavras chave: Miofascial, Dor, Ponto-Gatilho.
INTRODUÇÃO - A síndrome da dor miofascial (SDM) é uma desordem regional neuromuscular caracterizada pela presença de locais sensíveis nas bandas musculares tensas (contraídas), ocorrência de dor em queimação, peso ou dolorimento, às vezes em pontadas, limitação da amplitude de movimento e, em alguns casos, fadiga muscular, produzindo dor referida em áreas distantes ou adjacentes. Os distúrbios proprioceptivos que podem estar associados são: desequilíbrio, tontura, zumbido e distorção do peso dos objetos (BENNET RM, Goldenberg DL). O objetivo deste trabalho foi revisar os estudos da literatura, a fim de identificar e agrupar informações sobre a síndrome da dor miofascial e seu tratamento.
METODOLOGIA - Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica de publicações em revistas periódicas, livros, artigos coletados em bibliotecas virtuais: Scielo, e Google Acadêmico, utilizando a combinação dos termos: Miofascial, Dor, Ponto-Gatilho. As publicações selecionadas referem-se aos anos de 1998,2001 e 2011 e foram pesquisadas em Setembro de 2017.
RESULTADOS E DISCUSSÃO - A síndrome miofascial pode ser classificada em SMF primário, envolvendo músculos esqueléticos e fáscia, sendo um dos exemplos mais frequente a Síndrome de distensão cervical crónica e SMF secundário, que resulta de doenças subjacentes, nomeadamente: de cicatriz antiga de laminectomia com dor persistente, Distrofia simpática reflexa, dor músculo–esquelética de Osteoartrose (MANHEIN, C, 2001). O diagnóstico dos pontos gatilhos é feito pela exploração física, que deve levar em conta os sinais físicos demonstrados, incluindo: presença de tensão palpável em uma zona musculoesquelética, a presença de nódulos doloridos hipersensíveis na zona de tensão muscular, contração local visível ou palpável à compressão (DAVIDOFF, R. A, 1998). Sugere três tipos de abordagem: injeção de solução anestésica nos pontos gatilhos, fisioterapia (aplicação de bolsas quentes, ultrassom e massagem terapêutica para possibilitar o alongamento muscular) e controle no que se refere à má postura muscular. Também e indicado a fisioterapia caseira, através de exercícios de alongamento passivo, que deve ser realizada em ausência de dor. A cinesioterapia visa aprimorar e aperfeiçoar a atividade mecânica gerada pelos músculos e proporcionar analgesia, recuperação da expansibilidade tecidual, força, resistência à fadiga e restabelecimento da cinestesia, isto é, dos padrões fisiológicos.
CONCLUSÃO - Conclui-se que a SDM, atualmente, ocasiona um impacto significativo na qualidade de vida dos que sofrem dos seus sintomas. A fisioterapia promove os maiores ganhos na diminuição do impacto dos sintomas da síndrome da dor miofascial na vida dos pacientes, daí a importância do trabalho multidisciplinar e educativo no qual o fisioterapeuta, participa informando e instruindo corretamente os pacientes. O processo de reabilitação geralmente é prolongado e dependente da educação e da responsabilidade do paciente e do desenvolvimento de parceria entre fisioterapeuta-paciente baseada na confiança mútua. Em longo prazo, a conduta não reside apenas no tratamento dos PG, mas na identificação e modificação dos fatores contribuintes, visto que estes estão relacionados aos aspectos biopsicossociais dos pacientes.
BIBLIOGRAFIA
BENNET RM, Goldenberg DL. Fibromyalgia, myofascial pain, tender points and trigger points: splitting or lumping? The Journal of Pain 2011;13(3):3-5.
DAVIDOFF, R. A. Trigger points and myofascial pain: toward understanding how they affect headaches. Cephalalgia: an International Journal of Headache, Oslo, v. 18, n. 7, p. 436-448, 1998.
MANHEIN, C. The Miofascial Release Manual. Thorofare, NJ: Editora Slack Incorporated; 2001.