Portal de Eventos da ULBRA., XXII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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ÁREAS DE FOCOS DO MOSQUITO DA DENGUE EM CANOAS: UMA PERSPECTIVA EPIDEMIOLÓGICA
Leonardo Bubols Vitória, Stefani Caroline Bueno Rosa, Jussara Alves Pinheiro Sommer, Eliane Fraga Silveira, Rafael Lacerda Martins

Última alteração: 31-08-2016

Resumo


A dengue é uma doença urbana sendo a mais acentuadas neste século com surtos epidêmicos de grande repercussão social e de saúde pública, sendo causada por um Flavivírus da Família Flaviviridae. O padrão de distribuição geográfica da dengue tem se sobreposto com a distribuição do mosquito da espécie Aedes aegypti. O crescimento das cidades, normalmente, não é acompanhado por uma distribuição igualitária dos investimentos em infraestrutura, democratização do acesso aos serviços urbanos, além disso, as desigualdades sócias espaciais são geradas e/ou acentuadas no decorrer dos anos. Este estudo objetiva elaborar um banco de dados georreferenciado (SIG) e a produção de mapas temáticos quali-quantitativo por bairros das áreas de ocorrência de focos do mosquito Aedes aegypti do município de Canoas, no período de 2013 a 2015. Os dados foram obtidos junto a Secretaria Municipal de Vigilância Sanitária de Canoas. Os dados dos focos de Aedes aegypti, referente aos anos de 2013, 2014 e 2015 (janeiro a junho) estavam organizados em planilhas Excel, esta planilha continha as seguintes informações: mês de ocorrência do foco, endereço administrativo (rua, número e bairro), tipo de imóvel (residência, comércio, ponto estratégico), tipo de depósitos, etc. Após foram organizados por bairro para a realização da etapa de georefenciamento por coordenadas UTM (Universal Transversa de Mercator). As coordenadas foram obtidas do programa Google Earth, e inseridas na planilha em cada endereço. No programa de SIG Quantum GIS foi realizada a transformação do sistema de georeferenciamento dos endereços dos registros dos focos, do sistema WGS84, para o sistema SIRGAS 2000. Esta etapa tem como finalidade compatibilizar os sistemas de georeferenciamento do arquivo vetorial do município de Canoas, obtida do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com os pontos de localização dos focos de mosquito no município. Após, uma tabela de atributos (dbf.) foi organizada indicando o número total de focos do mosquito por bairoo/ano para a formatação dos mapas temáticos no SIG. Os mapas temáticos foram organizados com a ferramenta propriedades da camada, unindo o arquivo vetorial (shp), do município de Canoas à tabela de atributos (dbf.) com o número de focos por bairro/ano. Com a análise dos dados observa-se que a quantidade de focos do mosquito Aedes aegyti aumentou durante o período de 2013 até o primeiro semestre de 2015. Em 2013 registrou-se 418 focos distribuídos em 17 bairros com maior incidência nos bairros Rio Branco (78 casos), Niterói (77 focos). Em 2014 aumentou para 803 focos no total do município, com maior incidência foi no bairro Niterói (216), Rio Branco (193), Estância Velha (181) e Nossa Sra. das Graças (85 focos). Em 2015, somente no primeiro semestre, houve o registro de 887 focos. Os bairros mais prevalentes foram Niterói (401 focos) e Nossa Sra. das Graças (160 focos).


Palavras-chave


Ambiente, Geoprocessamento, Saúde.

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