Introdução: A Fisioterapia vem ganhando cada vez mais espaço no planejamento e execução de ações que visam diminuir os efeitos causados pela internação hospitalar, tais como: perda de força muscular, mobilidade, diminuição da qualidade de vida e funcionalidade. Avaliar a independência funcional do indivíduo torna-se importante para o planejamento do tratamento fisioterapêutico. Objetivo: Avaliar a funcionalidade durante a internação hospitalar de pacientes internados no Hospital Universitário ULBRA / Mãe de Deus – Canoas / RS. Método: Estudo de coorte prospectivo quantitativo, realizado em pacientes adultos, idade acima de 18 anos, de ambos os gêneros, com mais de 24 horas de internação na UTI. Foi utilizada a escala Medida de Independência Funcional (MIF), abordando os seguintes aspectos: alimentação, higiene pessoal, banho, vestimentas superiores e inferiores, uso do vaso sanitário, controle da urina, controle de fezes, transferências do leito, cadeira, cadeira de rodas, vasos sanitário e chuveiro, locomoção e escadas, compreensão, interação social, resolução dos problemas e memória. É realizada em forma de entrevista e pode ser realizada com o paciente ou com cuidadores quando não for possível realizar com o próprio. Cada item possui sua pontuação específica, a maior pontuação (sete) significa maior independência, e a menor pontuação (um) significa maior dependência do paciente em realizar tal função ou a não oportunidade de ser realizado no momento. A avaliação ocorreu em três momentos: na internação na UTI, na alta da UTI e anteriormente a alta hospitalar. A análise dos resultados foi realizada através de estatísticas descritivas. Resultados: Foram incluídos no estudo 69 pacientes, com idade mediana de 62 anos e predominância do gênero masculino (53,6%). A mediana do tempo de internação na UTI foi de 3 dias e no hospital de 11 dias. Os pacientes apresentaram uma mediana de 100 pontos na escala MIF na internação na UTI. Na alta da UTI houve um incremento na funcionalidade (mediana: 112 pontos), atingindo valores máximos na alta hospitalar (mediana: 126 pontos). Conclusão: Foi possível observar que os indivíduos avaliados recuperaram a funcionalidade durante o período de internação hospitalar.