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Introdução: os diuréticos de alça são fundamentais no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca (IC), porém a possibilidade de suspensão deste tratamento em pacientes estáveis não é baseada em evidências fortes. Objetivos: avaliar a factibilidade e segurança da descontinuação do uso de diuréticos de alça em comparação à sua manutenção em pacientes ambulatoriais com IC com fração de ejeção reduzida. Metodologia: foi estimada amostra total de 237 indivíduos, considerando-se 10% de perdas. O estudo conta com 10 centros participantes, sendo o Hospital de Clínicas de Porto Alegre o centro coordenador. Serão incluídos indivíduos adultos portadores de IC com fração de ejeção reduzida (<45% pelo método de Simpson), classe funcional da NYHA I ou II, em uso de diurético de alça na dose de até 80mg. Os pacientes devem estar com o tratamento otimizado no último mês, sem alterações de dose do diurético no período mínimo de 6 meses, em acompanhamento no Ambulatório de Insuficiência Cardíaca do Hospital Universitário (HU) e de outros 9 centros no país. O tratamento mínimo da IC deve constar de um inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA) ou bloqueador do receptor de angiotensina (BRA) e um betabloqueador. Os critérios de exclusão utilizados serão: neoplasia em tratamento; síndrome coronariana aguda, acidente vascular encefálico, revascularização coronariana ou ressincronização cardíaca nos útlimos 6 meses; insuficiência hepática ou cirrose; valvulopatia aórtica ou insuficiência mitral graves; necessidade de tratamento dialítico ou ultrafiltração; participante de outro ensaio clínico; escore clínico de congestão maior do que 5 pontos. Dos pacientes selecionados, o acompanhamento será realizado por um período de 90 dias, totalizando 4 consultas (dia 0, dia 15, dia 45, dia 90). Durante as consultas, serão coletados exames laboratoriais, realizado um teste de caminhada de 6 minutos e avaliados sintomas de congestão. O financiamento dos projetos foi solicitado ao Fundo de Investimento à Pesquisa do Hospital de clínicas de Porto Alegre, além de verba recebida da Chamada Pública CNPq/MS/SCTIE/DECIT No 33/2014 - Rede Nacional de Pesquisa em Doenças Cardiovasculares. Resultados: em toda a rede já foram incluídos 58 pacientes, sendo 10 no HU Canoas, dos quais 2 já concluíram o seguimento; todos os pacientes seguem em acompanhamento regular e nenhum destes demonstrou descompensação da insuficiência cardíaca ou qualquer sintoma clínico. Conclusões parciais: este é um projeto nacional multicêntrico com financiamento público e participação efetiva do HU Canoas – ULBRA e que suscita grande expectativa, visto que não há evidência publicada a respeito da segurança da retirada do diurético de alça em pacientes com IC compensada.

insuficiência cardíaca; diurético de alça; furosemida;