Portal de Eventos da ULBRA., XXII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AVALIAÇÃO DE DIFERENTES MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO DE AMOSTRAS DE TECIDO ANIMAL VISANDO A EXTRAÇÃO DO DNA
Jair Renato Silva da Silva Junior, Juliana Schmitt de Nonohay, Diego Hepp

Última alteração: 30-08-2016

Resumo


As análises moleculares utilizam o DNA proveniente de amostras biológicas para diferentes objetivos, tais como a detecção de microrganismos, o diagnóstico de doenças genéticas, a avaliação de paternidade e a genética forense. O DNA é obtido de tecidos de diferentes fontes através de técnicas de extração de ácidos nucléicos. Após a coleta, a degradação das amostras ao longo do tempo resulta em perdas no rendimento e na pureza do DNA sendo um fator limitante para a o sucesso das análises. Desta forma torna-se importante a avaliação de métodos de conservação capazes de impedir a degradação do DNA. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes conservantes sobre a preservação de amostras de tecidos animais ao longo do tempo, visando a extração do DNA.  Amostras de 200 mg de tecido muscular bovino foram submetidas a seis tratamentos: sem conservante (A), álcool etílico 70% (B), álcool etílico absoluto (C), RNAlatter (D), tampão de extração (E) e DMSO 20% (F). O DNA foi extraído no primeiro dia e após 14, 28 e 60 dias com seis repetições em cada tratamento. O protocolo de extração realizado utiliza o detergente brometo de cetil-trimetil amônio (CTAB), na solução de lise celular. Após a extração a concentração de DNA foi verificada em espectrofotômetro por absorbância de luz no comprimento de onda de 260 nm, e a pureza através da razão entre a absorbância em 260 nm e 280 nm. Os resultados foram avaliados estatisticamente através da Correlação de Pearson, entre o tempo de incubação (dias) e a concentração do DNA e a diferença entre os tratamentos pelo teste de Kruskal-Wallis. Os resultados demonstraram a redução acentuada da concentração de DNA ao longo do tempo nas amostras sem conservante (A). Após 60 dias a redução foi de 85% em relação à concentração de DNA inicial. Nos tratamentos com conservantes a redução foi de 65% com álcool etílico 70% (B), 37% com álcool etílico absoluto (C), 83% com o RNAlatter (D), 23% com tampão de extração (E) e 63% com DMSO (F). A concentração do DNA apresentou uma correlação negativa significativa (P<0,05) com o tempo (dias) em A (r: -0,677­), B (r: -0,641), D (r: -0,597) e F (r: -0,736). Entretanto, a correlação não foi significativa (P>0,05) no álcool absoluto (C, r: -0,364) e no tampão de extração (E, r: -0,242). A elevada degradação do DNA observada nas amostras mantidas sem conservantes justifica a utilização de conservantes. Embora a degradação nas amostras mantidas em RNAlatter, álcool etílico 70% e DMSO tenha sido semelhante às sem conservantes, a utilização de álcool etílico absoluto e de tampão de extração resultou em uma degradação significativamente menor (H: 26,32; P<0,05), indicando que este pode preservar as amostras biológicas por um período maior de tempo. Os experimentos realizados permitiram um melhor entendimento sobre a degradação do DNA nas amostras submetidas a diferentes conservantes e a sua utilização visando a realização de análises moleculares.

Palavras-chave


biologia molecular; conservação; extração DNA;

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