Portal de Eventos da ULBRA., XXII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AVALIAÇÃO DO POLIMORFISMO RS551238 NO GENE DA ERITROPOETINA NA RETINOPATIA DIABÉTICA
Renan Cesar Sbruzzi, Evelise Regina Polina, Luis Fernando Sesti, Daisy Crispim Moreira, Luis Henrique Canani, Kátia Gonçalves dos Santos

Última alteração: 31-08-2016

Resumo


O diabetes mellitus (DM) é uma síndrome metabólica de etiologia multifatorial, caracterizada por hiperglicemia crônica resultante de defeitos na secreção e/ou na ação da insulina. As consequências do DM a longo prazo decorrem de alterações micro- e macrovasculares que levam à disfunção e falência de vários órgãos. A retinopatia diabética (RD) é uma complicação crônica do diabetes e pode se manifestar por meio de hemorragias retinianas, exsudatos, edema, isquemia ou infarto e pode causar a perda irreversível da visão. A eritropoetina (EPO) é uma glicoproteína que age como hormônio de crescimento cuja principal função fisiológica é a indução da eritropoiese. Ela é também um potente fator angiogênico expresso na retina e níveis séricos desta proteína assim como polimorfismos em seus genes já foram associados com a RD em diversas populações. O presente estudo avaliou a associação do polimorfismo rs551238 no gene da EPO com a presença de RD e sua gravidade em pacientes ambulatoriais com diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Foram selecionados para o estudo 640 pacientes com DM2 atendidos nos ambulatórios dos Serviços de Endocrinologia de quatro hospitais do Rio Grande do Sul. Os pacientes com DM2 foram divididos entre casos e controles de acordo com a presença ou não de RD (386 com RD e 254 sem RD). Entre os pacientes com RD, 231 têm RD não-proliferativa e 155 apresentam a forma mais grave da complicação (RD proliferativa). O DNA foi extraído de leucócitos do sangue periférico por um método não enzimático e o polimorfismo rs551238 no gene da EPO foi identificado por meio de PCR em tempo real, utilizando-se "primers" e sondas de hidrólise específicos para a genotipagem desta variante. As frequências alélicas e genotípicas foram comparadas entre casos e controles por meio do teste de qui-quadrado no pacote estatístico SPSS ou no WinPEPI. As frequências genotípicas estão de acordo com o equilíbrio de Hardy-Weinberg em ambos os grupos. As frequências genotípicas, assim como a frequência do alelo G, obtidas entre os casos e controles não apresentaram diferenças estatisticamente significativas (genótipos TT=43,2%; GT=46,0%; GG=10,7% e TT=42,1%; GT=48,8%; GG=9,1%, respectivamente, p=0,684; alelo G=0,34 e 0,33, respectivamente, p=0,958). Quanto à gravidade da RD, as frequências genotípicas e a frequência do alelo G entre os grupos sem RD, com RD não-proliferativa e com RD proliferativa também não foram estatisticamente diferentes (TT=42,1%; GT=48,8%; GG=9,1%; TT=46,3%; GT=45,5%; GG=8,2%; e TT=40,0%; GT=45,2%; GG=14,8%, respectivamente, p=0,210; e alelo G=0,33; 0,31 e 0,37, respectivamente, p=0,175). Os dados obtidos até o momento indicam que não há associação entre o polimorfismo rs551238 no gene da EPO e a RD ou sua gravidade. Nossos resultados estão em concordância com os resultados obtidos em um estudo publicado por Yang e colaboradores, em 2014, que não encontrou associação entre o polimorfismo rs551238 e a RD em chineses com DM2.


Palavras-chave


Diabetes Mellitus, Retinopatia Diabética, Eritropoetina, Polimorfismo

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