Portal de Eventos da ULBRA., XXII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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RIQUEZA DE PEQUENOS ROEORES NOS CAMPOS DE CIMA DA SERRA, BOM JESUS E VACARIA, SUL DO BRASIL
pietro santi, Lucas Matheus Alves da Rosa, lucas machado silveira, diego marques henriques jung, alexandre uarth christoff

Última alteração: 01-09-2016

Resumo


Os roedores da subfamília Sigmodontinae compõem um dos maiores e mais diversos grupos de mamíferos do mundo, reunindo em torno de 84 gêneros e 390 espécies reconhecidas atualmente, ocorrem em diversos biomas. Sigmodontinae inclui roedores de diversos tamanhos e formas corporais, ocupando vários habitats como ambientes florestais, campos abertos, ambientes alagadiços, semi-áridos, do nível do mar até os picos mais elevados dos Andes. Possuem uma grande variedade alimentar, incluído espécies com hábitos carnívoros, frugívoros, animalívoros e herbívoros. Quanto ao modo de locomoção incluem espécies: arborícolas cursoriais, escansoriais, fossoriais e semi-aquáticas. A identificação das espécies dá-se pelo reconhecimento de estruturas crânio-dentárias, presentes ou ausentes na anatomia do crânio e/ou molares, como flexoanteromediano, mesolofo, foramens, processos ósseos, entre outros. Este estudo visa contribuir com o conhecimento da riqueza de roedores sigmodontineos com ocorrência no estado do Rio Grade do Sul, neste momento focando no extremo da região nordeste onde existem poucos estudos que permitam compreender a riqueza da fauna de pequenos roedores local. A amostra é constituída de 422 fragmentos, procedentes de egagropilos de coruja coletados nos municípios de Bom Jesus e Vacaria, que se encontram tombados na Coleção de Mamíferos do Museu de Ciências Naturais da ULBRA (MCNU). Os municípios de Bom Jesus e Vacaria localizam-se no extremo da região nordeste do Rio Grande do Sul, a uma altitude de aproximadamente 1046 metros nos chamados campos de cima da serra, encontra-se num regime climático subtropical no Bioma Mata Atlântica. Os egagropilos foram desconsolidados, passando os fragmentos por um processo de limpeza e separados individualmente. Inicialmente, os fragmentos de roedores foram separados conforme o tamanho, pequenos e grandes, em dois grandes grupos, sendo ainda encontrados 17 fragmentos relacionados a marsupiais e morcegos. Os fragmentos foram estudados buscando a identificação das estruturas anatômicas, comprando-as ao material de referência depositado na Coleção de Mamíferos do Museu de Ciências Naturais (ULBRA), permitindo uma identificação taxonômica. A morfologia craniana e mandibular, incluindo a morfologia dentária, foi reconhecida permitindo identificar um padrão característico para cada táxon, na categoria do gênero. Até o presente momento foram identificados 301 fragmentos relacionados a 13 gêneros distintos, como segue: Akodon, Bibimys, Calomys, Delomys, Deltamys, Holochilus, Necromys, Oligoryzomys, Oxymycterus, Rattus, Scapteromys, Sooretamys, Wilfredomys. O projeto contribuirá para inferir na distribuição geográfica das espécies de roedores no sul do Brasil e no aporte da discussão do status de conservação de espécies ameaçadas no rio Grande do Sul. Com a continuidade do projeto será apresentada a lista final dos táxons integrantes da amostra.

 


Palavras-chave


egagropilos, fragmentos, Sigmodontinae, extremo sul do Brasil

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