Introdução: Cada vez mais percebe-se que trabalhar com crianças e adolescentes é um fator importante para uma efetiva prevenção de doenças, promoção da saúde e consecutivamente uma melhor qualidade de vida. Nas comunidades a violência é um fator alarmante no qual pensar em ações que possibilitem a criação de ambientes saudáveis é algo fundamental. O trabalho com grupos na atenção básica, é um instrumento importante, diante da lógica de saúde coletiva. Por meio dos grupos, são favorecidas ações em que a rede de apoio se amplie e, assim os participantes se fortifiquem, ou seja, diversifiquem os saberes. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo descrever as principais ações realizadas em um grupo de convivência de crianças e adolescentes com a finalidade de, a partir dessa descrição, explicitar a importância da interdisciplinaridade. Metodologia: O presente trabalho apresenta um relato de experiência, das residentes em saúde comunitária do primeiro ano, alocadas na atenção básica, mais especificamente em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na zona periférica da cidade de Canoas/RS, da professora tutora de campo e de uma técnica em saúde bucal do município. O grupo ocorre quinzenalmente em um ambiente externo ao da UBS. Os participantes têm idades entre 04 e 16 anos, onde por meio da convivência e da troca de experiências, são realizadas ações interdisciplinares que perpassam pelas áreas da Psicologia, Enfermagem, Odontologia, Farmácia, Serviço Social e Fonoaudiologia. Resultados: Além de aspectos específicos dos núcleos, estes momentos permitem a conexão entre os diversos entendimentos e olhares no modo em que os saberes são compartilhados pelos facilitadores e pelo grupo. Então o rompimento dos antigos paradigmas das especificidades é promovido por meio da inclusão social, tendo em vista a qualificação do cuidado. Considerações finais: A interdisciplinaridade que é desenvolvida nos encontros permite que os valores fundamentais da promoção da saúde estabeleçam um ambiente grupal onde todos os participantes podem experimentar o rompimento das fronteiras disciplinares, através das articulações dos saberes.