Última alteração: 04-10-2015
Resumo
A família Combretaceae compreende cerca de 600 espécies normalmente ocorrem na forma de árvores, arbustos ou lianas. Os dois gêneros de maior ocorrência são Conbretum e Terminalia cada uma com 250 espécies. O gênero Terminalia é conhecido como uma fonte de metabolitos secundários, tais como triterpenos, saponinas, flavonóides, taninos, entre outros. Dentro das espécies de Terminalia, as mais estudadas, quanto as sua composição química e propriedades farmacológicas, são T. brasiliensis, T. fagifolia, T. chebula, T. arjuna e T. catappa. Além disso, este gênero é amplamente utilizado na medicina tradicional, por apresentar diversas atividades farmacológicas, tais como antifúngica, antimicrobiana, antidiabética, antimalárica, entre outras. Terminalia actinophylla, popularmente conhecida como chapada é uma árvore amplamente distribuída na região do cerrado, entre Mato Grosso do Sul e Piauí. Devido as suas propriedades anti-diarréica, hemostática, distúrbios intestinais e em processos de cicatrização as cascas secas e trituradas são usadas na forma de decocção pela medicina popular do Estado do Piauí. Por ser utilizado na cultura popular e por apresentar poucos estudos com esta espécie o objetivo do trabalho foi caracterizar o perfil fitoquímico e avaliar o potencial antioxidante de T. actinophylla. A capacidade antioxidante foi determinada através do ensaio com o radical 2,2-difenil-1-picrilhidrazila (DPPH), utilizando como padrão a rutina (IC50 = 22,62± 1,0 µg/mL). O screening fitoquímico do extrato das cascas foi analisado por ensaios colorimétricos qualitativos e quantitativos (doseamento do teor de compostos fenólicos, flavonoides e taninos totais). A capacidade antioxidante do extrato de T. actinophylla apresentou o valor de IC50 = 15,42 ± 0,46 µg/mL. Quanto a sua constituição fitoquímica, observou-se a presença de flavonoides, saponinas e taninos. Os doseamentos apresentaram um teor de 490,76 ± 6,40 mg/g EAG/g de compostos fenólicos, 7,85 ± 0,05 mg/g EQ/g de flavonoides totais e 293,55 ± 6,59 mg/g EAG/g de taninos totais. Por meio do estudo observa-se uma elevada capacidade antioxidante do extrato de T. actinophylla frente ao DPPH, sendo 1,5 vezes mais antioxidante que o padrão. Com isso, sugere-se que este resultado possa estar relacionado ao elevado teor de compostos fenólicos presentes neste extrato.