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ESTUDO DA ATIVIDADE CITOTÓXICA, GENOTÓXICA E ANTIGENOTÓXICA, IN VITRO, DO ARTEPELIN C
Última alteração: 04-10-2015
Resumo
A biodiversidade da flora brasileira representa uma das maiores do mundo e muitas destas espécies são utilizadas pela população para fins medicinais. Dentro da família Asteraceae encontra-se a Baccharis dracunculifolia, fonte botânica mais importante para obtenção da própolis Brasileira. Também conhecida como própolis verde, possui mais de 200 compostos químicos identificados, sendo os mais ativos os flavonoides, ácidos aromáticos, esteroides e açúcares. Diversas atividades biológicas foram atribuídas à própolis como citotóxica, antiviral, antimicrobiana, antifúngica e antitumoral. O composto polifenólico artepelin C (ácido 3,5-diprenil-4-hidroxicinâmico) está presente na maioria das espécies de própolis encontrada no sudeste e sul do país e vem sendo estudado por ter apresentado atividade indutora de apoptose, imunomodulatória e antioxidante. Alguns estudos investigaram o Artepelin C em células V79 de hâmster Chinês e apontaram para a genotoxicidade associada às maiores concentrações do composto. Em concentrações menores a atividade antigenotóxica do Artepelin C foi demonstrada nos testes de Micronúcleos, Cometa e Teste de Ames. Este trabalho teve como objetivo investigar os efeitos citotóxico, genotóxico e mutagênico do Artepelin C em células humanas de carcinoma hepatocelular (HepG2) usando o teste de micronúcleos (MN) com bloqueio da citocinese (CBMN - Citoma). O Ensaio CBMN - Citoma baseia-se no uso da citocalasina B (CIT-B), que é um agente inibidor da polimerização da proteína actina necessária para a contração do citoplasma e clivagem da célula em duas células-filhas, processo denominado citocinese. O emprego da CIT-B resulta em um acúmulo de células binucleadas a partir de células que passaram por apenas um ciclo de divisão. Havendo a formação de MN, eles também ficarão contidos no citoplasma. A análise de MN é utilizada na detecção de agentes aneugênicos ou clastogênicos. Somado a isso, a citotoxicidade associada à extensão e progressão da divisão celular pode ser avaliada pelo índice de divisão nuclear (IDN). Até o momento, apenas os dados referentes ao IDN foram analisados, onde a exposição às diferentes concentrações do Artepelin C (3,75 – 2000 μM) demonstraram a citotoxicidade do composto nas concentrações de 1000 e 2000 μM quando comparado ao controle negativo. De fato, foi observada uma redução significativa no IDN nas maiores concentrações do Artepelin C em relação ao controle negativo, indicando a ação deste composto sobre a proliferação celular. Cabe salientar que, apesar destes resultados serem preliminares, eles estão de acordo com dados da literatura científica que apontam para a ação citotóxica do Artepelin C em altas concentrações.
Palavras-chave
Citotoxicidade. ArtepelinC. Micronúcleos.
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