Garcinielliptona FC (GFC) é uma benzofenona poliprenilada inédita no gênero Platonia, isolada do extrato hexânico das sementes da Platonia insignis. A garcineolleptona apresentou resultados satisfatórios como antioxidante (teste in vitro e in vivo), anticonvulsivante (modelo animal), leishimanicida, antitumoral (cultura celular) e vasorelaxante (modelo animal). Mas sua citotoxicidade e genotoxicidade ainda é questionável, pois os estudos ate agora apresentados não analisaram profundamente a segurança do uso da GFC, não tendo assim um perfil toxicológico bem definido, como se é exigido para o desenvolvimento de um novo ativo farmacológico. Com isso o objetivo deste estudo é avaliar as atividades genotóxicas e mutagênicas do isolado GFC extraido da planta Platonia insignis. Para avaliar a atividade genotóxica foi utilizado o teste cometa após tratamento subcrônico em camundongos. A atividade mutagênica foi avaliada pelo teste de micronúcleos em medula óssea dos mesmo animais e pelo teste Salmonella/microssoma (teste de Ames). Os resultados encontrados foram que GFC não induziu danos ao DNA em sangue e córtex cerebral, mas em fígado houve um aumento significativo nos valores de ID e FD na dose 20 mg/kg, indicando hepatotoxicidade. Contudo GFC não aumentou a fequência de micronúcleos em eritrócitos policromáticos e não foi capaz de aumentar o número de colônias revertentes nas linhagens de Salmonella typhimurium TA98, TA97a, TA100, TA102 e TA1535, na ausência e na presença de ativação metabólica. Os resultados sugerem que GFC não apresenta atividade mutagênica, mas possui potencial genotóxico em tecidos específicos.