Portal de Eventos da ULBRA., XXI SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AVALIAÇÃO DA INTENSIDADE DE RUÍDO PRODUZIDO EM DIFERENTES TEMPOS DE CONSULTA E COMPARAÇÃO DO RUÍDO EM CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO PARTICULAR E AMBIENTE DE APRENDIZAGEM
Rubem Beraldo Santos, Kelly Ferreira da Cunha, Celso Afonso Klein Júnior, Juliana Hintz Germanos Schiedt, Tatiana Libera Riger

Última alteração: 06-10-2015

Resumo


A perda auditiva induzida por ruído (PAIR) é uma doença ocupacional que pode ser definida como uma perda auditiva neurossensorial, predominantemente coclear e ter caráter irreversível. Esta pode ser evitada se o limite máximo de 85 dB para 8 horas de trabalho e controles auditivos periódicos dos profissionais forem adotados. Os objetivos do presente estudo foram avaliar se o tempo de consulta clínica tem influencia na intensidade de ruído produzido e comparar se há diferença de intensidade em consultório particular e clínica de aprendizagem odontológica. A medida sonora foi realizada por meio do decibelímetro IDETEC 300- Instrutemp, Belenzinho, SP (30.5a 140 dB).A avaliação foi realizada entre 10 equipamentos odontológicos na disciplina de Clínica Integral II e sobre a bancada atrás da cadeira odontológica do consultório particular. O ruído foi medido no momento Basal- Antes do início da clínica, na primeira, segunda e terceira hora de atividade, estas medidas foram repetidas 3 vezes com o intervalo de uma semana. Os dados obtidos foram analisados por meio de estatística descritiva, teste t de Student para amostras pareadas e ANOVA (p< 0,05). A média de ruídos da clinica odontológica foi de 67,67(± 2,05) dB no momento Basal e 82,27(±1,72)dB,  81,07 (±5,53)dB e 72,53 (± 0,52) dB para os momentos 1, 2 e 3 de atividade clínica. No consultório particular a média foi de 47(±10,18) dB no momento Basal e 71,8(±3,39)dB, 75,33(±2,23)dB e 76,37(±4,22)dB para os momento 1,2 e 3 de atendimento clínico. Esta diferença foi estatisticamente significante (ANOVA; F=10,74; p=0,042) quando se considerou o momento basal com os demais momentos de clínica em ambos os ambientes avaliados. Porém quando se considerou a média de intensidade de ruído na clínica privada 67,63(± 13,88) dB e a média do ruído no ambiente de aprendizagem 75,88(±6,98)dB esta diferença não se mostrou estatisticamente significante (teste t não pareado p=0,16). Os autores concluíram que em ambos os ambientes analisados há aumento do ruído em relação ao momento basal. No ambiente de aprendizagem a intensidade do ruído volta a diminuir na terceira hora de observação, o que não se verificou no consultório particular. Quando ambos os ambientes são comparados entre si não se comprovou diferença na intensidade do ruído. Além disso, nos picos de ruído não se atingiu o limite de 85dB o qual pode determinar perda auditiva ao Cirurgião-dentista com longa jornada e maior tempo de profissão.

 


Palavras-chave


Ruídos. Odontologia. Perda auditiva.

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