O ambiente organizacional de trabalho sofreu forte mudança no último século que pode ser observada tanto na dimensão dos ocupantes dos cargos quanto na dimensão da forma de trabalho. Tais mudanças resultaram das pressões advindas do macro e do microambiente que circundam as organizações, levando-as a um constante processo de adaptação e de influência no seu meio que permite a sua sobrevivência e desafia o fatalismo do ciclo de vida que prescreve o nascimento, desenvolvimento, maturidade e declínio da organização. Desafiar, portanto, o ciclo de vida exige o domínio do processo de inovação como elemento dinamizador da perpetuidade organizacional. Assim, considerando-se que o processo de inovação requer o enfrentamento de mudanças organizacionais, importante questionamento emerge suscitando a necessidade de pesquisa para que se aprofunde o conhecimento sobre “como a alta gestão incorpora as tensões que dão suporte ao processo de inovação mantendo o equilíbrio dinâmico entre o atendimento dos objetivos organizacionais e individuais da equipe?” sendo este o problema de pesquisa norteador deste trabalho. No sentido de responder ao problema de pesquisa definiu-se como objetivo geral do estudo identificar e compreender a percepção dos gestores da Empresa SCREW Indústria Metal Mecânica em relação aos fatores estressores ocupacionais e a forma de enfrentamento destes relacionando-os ao quociente de inovação organizacional. Como método de pesquisa definiu-se o desenvolvimento de uma abordagem quantitativa, de cunho descritivo, utilizando-se o método de estudo de caso. Foram pesquisados 36 funcionários que ocupam cargos de direção, gerência e líderes de setor correspondendo à totalidade dos gestores da empresa aplicando-se questionários de Identificação dos fatores estressores (COOPER e MARSHALL, 1976); Inventário de Coping (LAZARUS e FOLKMAN, 1984); e InnoQuotiente (RAO e WEINTRAUB, 2012). Os resultados preliminares da pesquisa remetem à identificação de um maior nível de estresse relativo à forma como são distribuídas as tarefas na área de trabalho, a deficiência na divulgação de informações, a discriminação e/ou favoritismo no ambiente de trabalho e o tempo insuficiente para a realização do trabalho. Em relação à forma de enfrentamento ao estresse (coping) verificou-se uma maior frequência para o aumento de esforços para fazer o que fosse necessário, a concentração nos próximos passos da ação, o melhor entendimento do problema e a modificação de aspectos da situação para que tudo desse certo no final. Por fim, a medição do quociente de inovação permitiu a identificação de que os gestores percebem que a empresa tem um desejo ardente de explorar novas oportunidade e gerar coisas novas, que existem pessoas com talento para obter sucesso, que os clientes enxergam a empresa como uma organização inovadora.