Portal de Eventos da ULBRA., XXI SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AVALIAÇÃO DE EFEITOS NEUROCOMPORTAMENTAIS E DO POTENCIAL GENOTÓXICO E ANTIGENOTÓXICO DE VIGABATRINA.
Thienne Rocha Pires, Karen Souza, Natalia Deker, Debora Papke, Vanessa Coelho, Patricia Pereira, Jaqueline Nascimento Picada

Última alteração: 04-10-2015

Resumo


Vigabatrina (VGB) é um medicamento indicado principalmente para o tratamento dos espasmos infantis (síndromes epiléticas) e na síndrome de West. Esse fármaco inibe de forma irreversível e dependente da dose a enzima GABA-transaminase (GABA-T).O presente trabalho teve como objetivos verificar os efeitos da VGB sobre a função motora e exploratória geral, sobre a memória de esquiva inibitória e avaliar sua atividade genotóxica/antigenotóxica e mutagênica em ratos Wistar. Para as avaliações neurocomportamentais, foi utilizado o teste da barra giratória, após tratamento agudo e subcrônico. Campo aberto e a tarefa de esquiva inibitória foram conduzidos após tratamento agudo. Para avaliação da atividade genotóxica, utilizou-se o teste cometa na versão alcalina em tecidos sanguíneo, hepático, hipocampo e córtex cerebral coletados em diferentes tempos. No tratamento agudo, as coletas foram realizadas 3 h e 24 h após a administração. Durante o tratamento subcrônico os animais receberam VGB durante 14 dias e o teste cometa foi realizado 24 h após a última dose. Para avaliar a atividade antigenotóxica, os tecidos foram tratados ex vivo com peróxido de hidrogênio. A avaliação da mutagênicidade foi conduzida utilizando o teste de micronúcleos em medula óssea dos animais do tratamento subcrônico. Os achados do presente trabalho mostraram que VGB não afetou a função motora dos roedores. Também foi visto que VGB reduziu o número de orientações dos animais em todas as doses testadas. Em relação à latência para o primeiro cruzamento, não houve diferença significativa, porém o número de cruzamentos foi reduzido na dose mais elevada. Em relação à esquiva inibitória, VGB não produziu efeitos significativos sobre a memória de curta e longa duração. Não foi detectado aumento de danos ao DNA nos tecidos coletados 24 h após tratamento agudo e subcrônico, porém 3h após única dose foi observado que VGB induziu danos ao DNA no tecido sanguíneo e no hipocampo. Em adição, foi observada uma pequena diminuição de danos ao DNA no sangue e tecidos cerebrais dos animais que receberam VGB e foram tratados ex vivo com peróxido de hidrogênio. Não houve aumento na freqüência de micronúcleus de eritrócitos da medula óssea dos animais tratados com VGB. Conclui-se que VGB não afeta a função motora e a memória aversiva, no entanto possui uma atividade sedativa, como observado através da diminuição do número de orientações e cruzamentos analisados no campo aberto. VGB apresentou efeitos genotóxicos passíveis de reparação e não demonstrou propriedades mutagênicas. Além disso, VGB parece apresentar um efeito protetor contra danos oxidativos.

 

 


Palavras-chave


Genotóxico. Mutagênico. Vigabatrina.

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