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A tuberculose (TB) no Brasil é uma das principais doenças causadoras de mortes entre as doenças infecciosas e a primeira entre pacientes com HIV. Em 2012, segundo os casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), o coeficiente de incidência da TB no Brasil foi de 36,1/100.000 habitantes. No Rio Grande do Sul foram notificados 4.853 casos novos de TB. Porto Alegre é a capital com a maior incidência do país (105/100.000). Apesar da última avaliação da Organização Mundial da Saúde, sugerir que a taxa de incidência está caindo na maioria dos 22 países responsáveis por 80% dos casos de TB no mundo, do qual o Brasil faz parte, a eliminação da epidemia, só será possível com planejamentos globais. Aglomerados constituídos por população de baixa renda, somados a serviços de saúde precários ou inexistentes e a presença de HIV são preocupante, e políticas de saude específicas terão que ser implementadas para uma efetiva redução. Canoas, cidade da região metropolitana de Porto Alegre, é a 17ª cidade com a maior incidência de TB no Brasil possue densidade demográfica 2.470,15 hab/Km² com índice de desenvolvimento humano (IDHM) de 0,75. Com o objetivo de obter um melhor entendimento dos casos de TB no município, o presente estudo descreve o perfil clinico e epidemiológico de pacientes com TB, utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2011 a 2013, analisar a distribuição geográfica dos casos em relação aos bairros do município e relacionar os indicadores de desenvolvimento humano com as ocorrências de TB. Neste período foram registrados 737 casos novos de TB com uma média de incidência de 75,96/100.000 habitantes, sendo 2011 (327 casos, 100,97/100.000), 2012 (216 casos, 66,70/100.000) e 2013 (195 casos, 60,21/100.000). Em ambos os contextos houve predominância de casos no sexo masculino e na etnia branca e a escolaridade preponderante foi de 4 a 7 anos e estudo. Neste período, dos vinte e nove bairros analisados em Canoas, o que apresentou o maior número de caso de TB foi o Mathias Velho com a média de incidência de 118,15/100.000. A taxa de coinfecção TB-HIV no período do estudo foi de 25% em Canoas, 2011 de 30,03%; 2012 de 24,29% e 2013 17,98%. Conclusão: O estudo mostra uma tendência a diminuição do número de casos da doença ano a ano, bem como uma redução da coinfecção TB-HIV. Também foi possível conhecer as regiões com maior número de casos TB, identificando locais onde a incidência é o dobro da cidade, bem como relacionar os indicadores, densidade demográfica e IDHM-Educação, com as ocorrências de TB no município, localizando possíveis focos da doença, os quais podem ser alvos para planejamentos e políticas de saúde.

Tuberculose. Coinfecção. Epidemiologia.