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SINTOMAS OSTEOMUSCULARES EM TRABALHADORES DE ENFERMAGEM DE UNIDADES DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR ADULTA
Última alteração: 06-10-2015
Resumo
Os profissionais de enfermagem que trabalham em hospitais estão expostos a condições de trabalho muitas vezes precárias, que podem potencializar o adoecimento. As tecnologias e a complexidade do cuidado aumentam as exigências dos profissionais de saúde, porém as condições de trabalho permanecem semelhantes. O número elevado de horas trabalhadas, a necessidade de dupla jornada de trabalho, a baixa remuneração e a não valorização profissional transformam-se em desafios a serem superados e podem refletir em doenças. Entre os principais problemas de saúde que acometem o trabalhador de enfermagem destacam-se os relacionados ao aparelho osteomuscular. Identificar os sintomas osteomusculares em trabalhadores de enfermagem de unidades de internação adulta de um hospital privado do sul do país. Estudo transversal, exploratório-descritivo, com abordagem quantitativa, realizado em um hospital privado de Porto Alegre. A amostra compreendeu 71 técnicos e auxiliares de enfermagem de três unidades de internação clínica e cirúrgica adulta do hospital em estudo, de uma população de 135 profissionais. A coleta de dados ocorreu pela aplicação de questionários, nos horários de intervalo dos participantes ou em período que não interrompesse suas atividades, no seu turno de trabalho. Foram investigadas vaiáveis demográficas, sociais, econômicas, de saúde e laborais de cada participante. O Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares, validado para o Brasil no ano de, foi aplicado para avaliação dos sintomas osteomusculares. O questionário, autoaplicável, foi entregue aos trabalhadores de enfermagem, após leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram analisados à luz da estatística descritiva (frequência, porcentual, medidas de tendência central e de dispersão). O projeto iniciou após a aprovação de dois Comitês de Ética em Pesquisa (campo de estudo e instituição proponente). Na análise preliminar contendo os dados descritivos dos 71 sujeitos, verificou-se que 49 (69%) eram mulheres, com média de idade de 39,06±9,1 anos e de escolaridade de 13,04±1,1 anos, 46 (67,6%) com companheiro(a), 50 (70,4%) possuíam filho(s). No que se refere às variáveis laborais: 66 (93%) eram técnicos de enfermagem; a maioria trabalhava no horário noturno (44,1%) ou vespertino (29,4%) no hospital; 62 (88,6%) estavam satisfeitos com o local de trabalho; 11 (15,5) possuíam outro emprego; 41 (63,1%) consideravam a escala de trabalho insuficiente e a satisfação com a renda foi de 58,1±21,1% (medida em escala analógica). Sobre o autorrelato de algum sintoma osteomuscular nos últimos sete dias, a distribuição conforme região do corpo foi: pescoço (21,7%), ombros (14,3%), região superior das costas (21,4%), cotovelos (4,3%), punhos/mãos (18,6,2%), região inferior das costas (24,3%), quadril/coxas (17,1%), joelhos (21,1%) e tornozelos/pés (23,9%).Entende-se que mecanismos devem ser criados, tanto pelas instituições de saúde (destacando o papel do serviço de saúde do trabalhador) quanto pelos próprios profissionais, a fim de se incentivar práticas de saúde preventivas, além do uso de equipamentos acessórios para o manuseio do paciente, no intuito de minimizar os sintomas osteomusculares. Esse recorte descritivo serve de subsídio para a abordagem analítica em que serão consideradas as características de saúde (atividade física, índice de massa corporal, por exemplo) e laborais.
Palavras-chave
Enfermagem. Saúde do Trabalhador. Sintomas osteomusculares.
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