Última alteração: 04-10-2015
Resumo
O queijo de produção artesanal, denominado no Sul do Brasil como colonial, é um produto de grande aceitação, consumo e produção. Rotineiramente, o leite utilizado para produção não é submetido ao tratamento térmico adequado. O produto final apresenta alto teor de umidade e não há um tempo mínimo de maturação estabelecido. Estes fatores favorecem a contaminação e proliferação de micro-organismos oferecendo risco ao consumidor. A intoxicação causada por Staphylococcus pode ser apontada como uma das doenças transmitidas por alimento com expressiva notificação, sendo Staphylococcus aureus a espécie mais envolvida em surtos de toxinfecção alimentar. Este fenômeno ocorre devido à sua capacidade de produzir toxinas nos alimentos. Embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) considere as espécies de Staphylococcus coagulase positivo como únicos produtores de enterotoxinas, tal capacidade já foi comprovada por espécies coagulase negativo. O objetivo deste trabalho foi a quantificação de Staphylococcus sp. nas diferentes etapas de produção do queijo colonial. A etapa de produção que apresentou a maior média de contagens foi o leite cru, no entanto, este valor esteve dentro de níveis considerados seguros quanto à produção de enterotoxinas, uma vez que são necessárias contagens a partir de 105 micro-organismos /ml ou g. para que haja a produção da toxina. A partir dos resultados desta pesquisa é possível afirmar que, nas amostras analisadas, o Staphylococcus coagulase positivo não representou um risco para a saúde do consumidor.