Portal de Eventos da ULBRA., XXI SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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RISCO EM ESCALA GLOBAL: COMO A OMS E AS MÍDIAS NOS ENSINAM A TEMER/PREVINIR DOENÇAS NA CONTEMPORÂNEIDADE
Daniel (Autor Principal) Felipe Schroeder, Camilo Darsie, Douglas Luís Weber

Última alteração: 04-10-2015

Resumo


Em um mundo onde a circulação de pessoas, de produtos e de informações se tornou rápida e facilitada, possíveis epidemias colocam em estado de alerta diferentes profissionais e agências ligadas à saúde, as mídias que divulgam as informações ligadas a elas e, consequentemente, as populações que são interpeladas por tais conhecimentos. As preocupações são fundamentadas pela impossibilidade de controle sobre novos casos de contágio depois de as doenças estarem disseminadas nos centros urbanos. É importante ser ressaltado, neste contexto, que as dinâmicas que envolvem as chamadas cidades globais, caracterizadas pela compressão espaço-tempo, seriam algumas das principais responsáveis pela aceleração do aumento de casos de doenças infecciosas em curtos períodos e pela dificuldade de controle sobre elas. Assim, diante dos desafios que envolvem essas questões, estratégias de informação/educação podem ser tomadas como ferramentas poderosas. Partindo disso, situados na perspectiva teórica dos Estudos Culturais, no texto que segue, problematizamos alguns dos aspectos discursivos que envolvem as recomendações da Organização Mundial de Saúde enquanto estratégias educacionais que atravessam diferentes sujeitos e oportunizam transformações nos significados e na organização do espaço. Acreditamos que as recomendações – contidas em muitos de seus documentos oficiais – se configuram como artefatos culturais que almejam educar as pessoas, como já foi dito, no que se refere às ações e precauções a serem tomadas em caso de possíveis surtos de doenças. Isso pode ser justificado pelo fato delas operarem no sentido de alertar sobre as doenças propriamente ditas, demarcar os espaços nos elas quais ocorrem ou não, sinalizar as populações mais vulneráveis, apresentar e reiterar as formas de prevenção. No entanto, consideramos que a eficácia no que se refere à popularização dessas orientações é promovida pela divulgação delas a partir das mídias de massa. Assim, tais recomendações se articulam aos conhecimentos cotidianos e podem fazer emergir verdadeiras epidemias de medo sustentadas pelos riscos que envolvem a emergência dessas doenças. Além disso, tomamos as ideias desses autores na direção de localizar as dinâmicas espaciais enquanto elementos que auxiliam e que sofrem modificações em decorrência de valores culturais que podem ser aproximados ao tema.

Palavras-chave


Saúde. Risco. Global.

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