Este é um trabalho produzido por bolsistas do Programa de Iniciação a Docência de Química da Universidade Luterana do Brasil desenvolvido em um sétimo ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ícaro do município de Canoas, realizado a fim de aplicar diferentes formas de ensino na disciplina de ciências. Acredita-se que instigar o aluno a pensar sobre os conteúdos trabalhados em sala de aula de maneira diferenciada, faz com que estes tenham uma nova visão em relação a estes conteúdos, auxiliando-os na aprendizagem dos mesmos. Diversos autores veem o ensino e a aprendizagem através do lúdico de formas muito positivas. A palavra “jogo” apresenta significados variados, desde uma brincadeira de criança com fins restritos em diversão até as atividades mais complexas com o intuito de adquirir novos conhecimentos, que é o que se busca dentro de uma sala de aula quando se propõem à aplicação de um jogo.Inicialmente foram desenvolvidas atividades diferenciadas, mais atrativas para os alunos  nas quais eles poderiam aprender através de brincadeiras e outros recursos os conteúdos trabalhados na disciplina de ciências. O primeiro jogo aplicado foi um quizz de perguntas e respostas, a segunda atividade foi um jogo de “passa ou repassa”, a terceira foi uma “corrida maluca”. Outra brincadeira realizada no pátio da escola que causou surpresa, por ser desconhecida de muitas crianças, foi uma sapata ou amarelinha. Em todas estas atividades existiam questões relacionadas aos conceitos trabalhados nas aulas de ciências.Durante a aplicação das atividades lúdicas foi percebido que alguns alunos eram extremamente tímidos e acabavam por não brincar ou brincar muito pouco em relação a grande maioria dos colegas. Então se decidiu trabalhar com os alunos de outra maneira, pois existem diversos saberes, e formas de expressão diferenciadas. Então a próxima atividade aplicada foi à confecção de cartazes em grupos de quatro integrantes, assim os alunos mais tímidos em brincadeiras ao ar livre, puderam mostrar seus ”dotes”. A última atividade feita com a turma foi à confecção de uma história em quadrinhos individualmente “premiando” alunos que ainda não haviam conseguido se entrosar nas demais atividades por timidez ou vergonha, nesta um aluno em especial que possui um tipo de autismo, e que não havia participado efetivamente das demais brincadeiras apresentou uma das melhores histórias em quadrinhos. Apesar das conclusões ainda serem parciais, pois o trabalho ainda esta sendo desenvolvido na Escola, verificou-se que a grande maioria dos alunos participou ativamente das atividades, que foram desenvolvidas tentando premiar a todos, respeitando diferentes saberes e diferentes habilidades. Também se percebeu uma melhora na aprendizagem dos alunos, que também demonstraram maior desempenho durante as aulas de ciências.