Os biomateriais são materiais usados para substituição e regeneração de tecidos. Para o desenvolvimento de novos biomateriais existe a necessidade de serem realizados testes in vitro utilizando cultura de células para avaliar a sua citotoxicidade. A aplicação de produtos de engenharia de tecidos necessita de biomateriais que suportem o cultivo celular. Os polímeros são biomateriais adequados para associação com células-tronco mesenquimais.  O objetivo deste trabalho foi avaliar a citotoxicidade de alguns polímeros. Quantificar a capacidade de adesão e proliferação de células­tronco derivadas de tecido adiposo quando semeadas sobre superfícies tratadas com estes polímeros. Os biomateriais testados foram: PLA (Poli(ácido lático)), PHB (polihidoxiuretano), PSU (polisulfona) e PU (poliuretano).  Para citotoxicidade foi utilizada a linhagem de células L929 em teste de contato direto e a vialibilidade celular foi detectada por teste de MTT. Os ensaios de adesão foram feitos com os biomaterias PLA e PHB usando células-tronco derivadas de tecido adiposo de ratos Lewis. Foram semeadas 5x10⁴ células/cm² e após 2 h incubadas a 37ºC as células não aderidas foram coradas com GIEMSA e contadas. Após 72h foi feito MTT para quantificar a atividade celular em contato com o biomaterial tendo assim informações sobre a proliferação celular. Nenhum dos três biomateriais foram citotóxicos e as células-tronco derivadas de tecido adiposo apresentaram 100% de adesão sobre PLA e PHB. Entretanto, após 72 h em contato com os biomateriais as células apresentaram atividade celular inferior ao número de células plaqueadas no início do ensaio. Os valores baixos no teste de proliferação celular podem ser devidos à morte celular após este período. A morte celular pode ter acontecido devido à alta proliferação nas primeiras 24 h e sendo a limitação a área de superfície disponível. Em micrografias realizadas em microscópio invertido nas 24h após plaqueamento pode-se observar alto número de células aderidas. Conclui-se até o momento, os biomateriais não são citotóxicos e mais testes deverão ser realizados para identificar a proliferação nas 48 h após incubação.