Portal de Eventos da ULBRA., XX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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EFEITO ANTIMUTAGÊNICO DE BACTÉRIAS ÁCIDO LÁCTICAS EM RELAÇÃO AOS DANOS INDUZIDOS PELO ETILMETANOSSULFONATO ATRÁVES DO TESTE SMART
Jóice Teixeira de Bitencorte, Jéssica Machado Miri, Renata Chequeller de Almeida, Rafael Rodrigues Dihl, Mauricio Lehmann

Última alteração: 17-10-2014

Resumo


Sendo as bactérias ácido lácticas (BALs) os microorganismos probióticos considerados mais importantes, uma vez que são classificadas como autóctones no trato gastrointestinal humano de pessoas saudáveis, novas perspectivas de estudos relacionados a estes organismos podem fornecer informações para o desenvolvimento de linhagens não patogênicas e de interesse econômico, uma vez que apresentam uma ampla atividade química e probiótica. As BALs têm um amplo potencial de aplicação, abrangendo desde sua incorporação como parte do processo de fermentação em produtos lácteos, tais como queijo, iogurte, sorvetes, sobremesas lácteas e outros; até à sua utilização como probióticos na saúde humana e animal. Considerando a amplitude de efeitos benéficos atribuídos aos probióticos, cada vez mais se faz necessário avaliarmos a sua ação antimutagênica frente os diferentes danos genéticos. Neste sentido, o presente estudo avaliou a atividade antimutagênica da linhagem LAC104 de Lactobacillus paracasei proveniente de queijo artesanal nativo da Região Nordeste do estado do Rio Grande do Sul. Para tanto, foi utilizado o teste para a Detecção de Mutação e Recombinação Somática (SMART) em células somáticas de Drosophila melanogaster. Os resultados da atividade antimutagênica obtidos com a linhagem LAC104 sobre os danos induzidos pelo mutágeno EMS, utilizando os protocolos de pré- e pós-tratamento, mostram que houve efeito protetor em todas as concentrações no sistema de pré-tratamento, e nas concentrações de 106, 108 e 1010 células/mL no pós-tratamento. Ainda que os dados aqui apresentados sejam preliminares demonstram que a linhagem LAC104 de Lactobacillus paracasei pode ser capaz de modular os efeitos mutagênicos do agente alquilante EMS através de diferentes mecanismos, como interferência nos sistemas de reparação do DNA, atividade de enzimas de detoxificação ou interação direta com o mutágeno. Estes dados reforçam as informações prévias descritas na literatura científica, que mostram a atividade protetora dos probióticos sobre danos genéticos induzidos por agentes químicos.