Portal de Eventos da ULBRA., XX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MODULADORA DO RESVERATROL SOBRE OS DANOS INDUZIDOS PELO ETILMETANOSULFONATO ATRAVÉS DO TESTE SMART
Mariana do Amaral Flores, Magnólia de Jesus Sousa Magalhães, Rafael Rodrigues Dihl, Mauricio Lehmann

Última alteração: 17-10-2014

Resumo


Os estudos referentes aos componentes da dieta alimentar humana demonstram a capacidade que alguns destes elementos possuem em reduzir a prevalência de diferentes tipos de câncer e doenças cardiovasculares. Entre os diferentes componentes da dieta, vários estudos indicam que o vinho possui um papel benéfico importante na saúde humana. Apesar da presença de outros compostos fenólicos no vinho, o RES ganhou destaque na literatura científica nos últimos anos, com resultados referentes à sua atividade biológica. Diversos estudos científicos mostram que o consumo do RES monomérico e/ou de alimentos contendo o RES está associado com melhorias nas condições de saúde. Estes benefícios estão relacionados com uma ampla variedade de atividades biológicas tais como, capacidade antioxidante, antidiabética, neuroprotetora, cardioprotetora, atividade anticarcinogênica e antimutagênica, efeitos anti-inflamatórios, propriedade estrogênica e antiestrogênica e modulação nas vias de transdução de sinais celulares. Entretanto, os estudos que envolvem a sua atividade antimutagênica vêm apresentando resultados conflitantes. Desta forma, com o objetivo de ampliar as investigações sobre o efeito modulador do RES o presente estudo avaliou a antimutagenicidade deste composto em três diferentes concentrações (0,01; 0,04 e 0,15 mM) sobre os danos genéticos induzidos pelo mutágeno etilmetanossulfonato (EMS), através do teste para detecção de mutação e recombinação somática (SMART) em Drosophila melanogaster. Para tanto, foram utilizados os protocolos de co-tratamento (EMS 5 mM) e pós-tratamento (EMS 46 mM). Através da análise do genótipo transheterozigoto (mwh/flr3) foram obtidos os seguintes resultados: (i) o RES foi capaz de reduzir, de forma fraco-positiva, os efeitos tóxico-genéticos induzidos pelo EMS em todas as concentrações avaliadas no protocolo de co-tratamento, e (ii) no protocolo de pós-tratamento o RES reduziu de forma fraco-positiva a frequência total de manchas mutantes  apenas na concentração de 0,04 mM. Os resultados obtidos até o presente momento com o teste SMART, indicam que o RES é capaz de atuar como um agente desmutagênico, possivelmente através da sua capacidade antioxidante, impedindo a indução de danos genéticos, ao mesmo tempo em que atua como um agente bioantimutagênico, potencializando os mecanismos de reparação que atuam sobre os danos induzidos pelo EMS.