Portal de Eventos da ULBRA., XX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE MODULATÓRIA DO ARTEPELIN C SOBRE A ATIVIDADE MUTAGÊNICA DO ETILMETANOSSULFONATO E DA MITOMICINA C EM Drosophila melanogaster
Débora Lemes dos Santos, Luciana Ciarelli Plentz, Carmem Regine Faleiro Rodrigues, Rafael Rodrigues Dihl, Mauricio Lehmann

Última alteração: 17-10-2014

Resumo


Apesar de apresentar uma grande variação na sua composição química, os diferentes tipos de própolis encontrados na região sudeste e sul do Brasil apresentam em sua composição o composto polifenólico artepelin C (ARC), que recentemente vem sendo alvo de estudos em relação às suas atividades biológicas. Os resultados mostram que o ARC apresentou atividade indutora de apoptose, ação imunomudulatória, antioxidante, antibacteriana, antitumoral, anti-inflamatória e antiangiogênica, além de ter exercido atividade antimutagênica e antigenotóxica quando avaliada in vivo e in vitro. Neste sentido, com o objetivo de ampliar as investigações sobre a atividade antimutagênica do ARC o presente estudo se propôs a avaliar a atividade antimutagênica deste composto em relação aos danos induzidos pela mitomicina C (MMC) e pelo etilmetanossulfonato (EMS), através do teste para detecção de mutação e recombinação somática em Drosophila melanogaster. Neste sentido foram utilizados os protocolos de co- e pós-tratamento. O ARC, nas concentrações de 0,012; 0,025 e 0,05% não foi capaz de modular a atividade mutagênica do EMS nos protocolos de co- e pós-tratamento. Por outro lado, apesar de não alterar a frequência de danos induzidos pela MMC no protocolo de co-tratamento, o ARC reduziu a mutagenicidade deste composto quando administrado após a indução dos danos, apenas na concentração de 0,012%. Além disso, esta modulação está associada à redução de danos genéticos originados por eventos recombinacionais. Desta forma, somados aos dados da literatura, os dados aqui descritos indicam que, dependendo da concentração de ARC, podem ser desencadeadas respostas variadas, associadas à proteção contra a indução de danos no DNA, à geração de lesões genéticas e também à ativação de mecanismos de reparação do DNA, que por sua vez ocorrem por mecanismos distintos. Estes diversos efeitos podem explicar a multiplicidade de respostas que o ARC vem apresentando na literatura científica.