Portal de Eventos da ULBRA., XX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

Tamanho da fonte: 
NANOREVESTIMENTO PROTETOR À CORROSÃO DE TiO2 DOPADO COM CRÔMIO PARA AÇO INOXIDÁVEL
Daniela da Fonseca, Rogéro Santejano, Ester Schmidt Rieder

Última alteração: 17-10-2014

Resumo


O aço inoxidável é um dos mais importantes materiais de engenharia para aplicações industriais devido ao seu excelente desempenho quanto à resistência à corrosão. Porém, quando submetido a um ambiente agressivo, pode sofrer corrosão localizada. Estudos recentes com filmes nanoestruturados, aplicados sobre estes materiais, tem mostrado que estes filmes conferem um aumento significativo de resistência à corrosão. Tem sido reportado, em particular, o uso de dióxido de titânio nanoestruturado, TiO2. A excelente estabilidade química deste óxido, associado às suas propriedades elétricas, o torna tecnologicamente atrativo como revestimento resistente à corrosão. A sua inerente sensibilidade à luz promove reações fotoelétricas, protegendo catodicamente o substrato. A baixa eficiência em conversão fotoelétrica sob baixa incidência  de luz é, no entanto, uma limitação para o seu uso como revestimento protetivo, associado a mecanismos fotoelétricos. Para otimizar essa característica, nanopartículas de óxido de titânio  têm sido dopadas com metais de transição. Neste estudo, filmes contendo nanopartículas de TiO2 dopados com crômio foram empregados para revestir corpos de prova de aço inoxidável (AISI 316).  Sua inserção em filmes de TiO2 produzem revestimentos com melhores propriedades mecânicas e promovem a autopassivação, permitindo proteção contínua, mesmo após ruptura parcial do filme. Para sintetizar as partículas de dióxido de titânio dopadas com crômio, foram misturados titanato de tetra-n-butil [Ti(O-n-Bu)4] e nitrato de crômio III nonoidratado [Cr(NO3)3.9H20], usando a técnica sol-gel. Peças de aço inoxidável foram revestidos com filmes de TiO2 dopados com crômio pela imersão na solução sol-gel. Os corpos de prova foram submetidos a uma, duas ou três imersões, utilizando o processo de “”dip-coating” à velocidade de 16 mm/min. Os mesmos foram levados à temperatura de 250 ºC por 30 minutos e 450 ºC por 1 h. A atividade eletroquímica das peças revestidas foi determinada por espectroscopia de impedância eletroquímica. Os corpos de prova revestidos com nanopartículas de TiO2 dopadas com crômio resultaram em menor atividade eletroquímica, apresentando uma resistência à polarização significativamente maior, quando comparada às peças sem revestimento.