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Acréscimo de informações sobre a morfologia polínica de espécies das famílias Poaceae e Cucurbitaceae na palinoteca do Laboratório de Palinologia da ULBRA
Última alteração: 17-10-2014
Resumo
Palinologia é a ciência que estuda a morfologia de grãos de pólen, esporos e microfósseis. O material palinológico fica depositado em coleções científicas chamada de palinoteca. A palinoteca do Laboratório de Palinologia da Ulbra conta hoje com 1536 espécies atuais. Este trabalho teve como finalidade realizar medidas de 50 destas espécies botânicas (plantas atuais). Foram analisadas lâminas da palinoteca em microscópio óptico em aumento de 1.000 vezes onde realizou-se medidas em vista equatorial do diâmetro polar e equatorial. Após as medidas foram determinados o tamanho e a forma segundo metodologia usual para palinologia. As 50 espécies pertencem à família Poaceae (6 espécimes) e Cucurbitaceae (44 espécimes). As plantas foram coletadas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Amapá, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Pernambuco, Rondônia, Acre, Bahia (no Brasil) e na Argentina nas Províncias de Formosa, Misiones e Corrientes. A família Poaceae apresentou exclusivamente o tamanho médio, já em Cucurbitaceae há variação de tamanho, em sua grande maioria apresentaram grãos de pólen de tamanho médio mas algumas espécimes apresentaram tamanho grande, como a espécie Cyclanthera quinquelobata, Cyclanthera pedata e Cyclanthera hystrix. Conforme o esperado, família Poaceae também apresentou exclusivamente a forma esférica (Lolium sp., Andropogon lateralis, Eragrostis aeroides, Triticum sp L., Lolium multiflorum L., Lolium multiflorum)., As espécies da família Cucurbitaceae apresentaram espécimes em forma esférica (1 espécie), prolato (2 espécies), subprolato (10 espécies) com maior predominância do formato prolato-esferoidal (31 espécies). Através deste trabalho foi possível acrescentar ao livro de registros da palinoteca (livro tombo) as medidas de 50 espécies. As informações vão contribuir para estudos de reconstituição paleoambiental, entre outros. As coleções científicas atestam a biodiversidade e por este motivo devem ser apoiadas e ampliadas. (CNPq Processo 484-2014 e FAPERGS Processo 12/2171-6).