Portal de Eventos da ULBRA., XX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AVALIAÇÃO DA TAXA DE PRENHEZ DE NOVILHAS ACASALADAS AOS DOIS ANOS DE IDADE, SUBMETIDAS A TRÊS DIFERENTES PROTOCOLOS PARA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF)
Leonardo Rocha da Silva, Carlos Santos Gottschall

Última alteração: 29-04-2015

Resumo


A taxa de prenhez e a velocidade na concepção de novilhas exercem um importante impacto sobre a eficiência reprodutiva de bovinos de corte. Neste sentido, o uso racional de programas de IATF pode contribuir para que haja um considerável incremento produtivo. O presente trabalho avaliou a taxa de prenhez de 217 novilhas, aos dois anos de idade, da raça Braford e cruzas. As novilhas foram submetidas a três diferentes protocolos para IATF e, posteriormente, expostas ao repasse com touros. O peso vivo e a condição corporal (CC; escala de 1 a 5) foram aferidos individualmente. A distribuição dos animais se deu de forma aleatoriamente e casual em três grupos. O grupo 1, composto 118 novilhas, foi submetido a um protocolo modificado do Ovsynch (inclusão de progesterona). No dia 0, de início do protocolo, um dispositivo intravaginal com 1 grama de progesterona (P4), quando novo, reutilizado por duas vezes (3º uso), foi inserido concomitante a uma aplicação intramuscular (im) de 0,01mg de GnRH (acetato de buserelina). No dia 7, junto a aplicação de 0,35mg/im de prostaglandina (PGF2α; cloprostenol), o dispositivo de P4 foi removido. No dia 9, pela manhã, aplicou-se uma segunda injeção via im de GnRH, na mesma concentração da primeira e, oito horas mais tarde (dia 9 à tarde), se realizou a IATF (G1). O grupo 2, composto por 50 novilhas, diferiu do protocolo do grupo G1 apenas no hormônio indutor da ovulação e momento da IATF. Para indução da ovulação aplicou-se 1mg/im de benzoato de estradiol (BE), 24 horas depois da remoção do dispositivo (dia 8). A IATF se deu 32 horas depois que o BE foi aplicado (dia 9; G2). O grupo 3, composto por 49 novilhas, foi submetido a um protocolo com BE, P4 e PGF2α. No dia 0 aplicou-se 2mg/im de BE concomitante a inserção de um dispositivo de P4 novo, com concentração de 0,75g. No dia 8, uma dose de 0,35mg/im de PGF2α foi aplicada junto a remoção do dispositivo. No dia 9, aplicou-se uma segunda injeção im de BE na dose de 1mg, seguida pela IATF 32 horas mais tarde (dia 10; G3). Os animais dos grupos G1, G2 e G3 apresentaram peso e CC, respectivamente, de 315 e 3,2, 319 e 3,2, 323 e 3,2. Sete dias após a IATF, todas as novilhas foram expostas ao repasse com touros múltiplos, na proporção de 3%, por mais 48 dias. Foram realizados dois diagnósticos de gestação para determinação da prenhez à IATF e final, respectivamente, 40 dias após a inseminação e 60 dias após a retirada dos touros. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS (P=0,05). As taxas de prenhez à IATF foram, respectivamente, de 57,6%, 34,0% e 34,7% para G1, G2 e G3, com significativa diferença estatística para a prenhez do grupo G1 (P<0,05) em comparação aos grupos G2 e G3, que não diferiram entre si. A taxa de prenhez final do grupo G1 foi de 92,4%, do G2 de 86,0% e do G3 de 89,8%, sem diferença estatística. O protocolo do grupo G1, modificado do Ovsynch, demonstrou superioridade aos demais. O GnRH, como indutor da ovulação, demonstrou ser mais eficaz que o BE, quando avaliada a taxa de prenhez. O repasse com touros compensou a diferença estatística da prenhez à IATF, com equivalência na prenhez final.

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