Biocompósitos são compósitos que possuem agentes reforçantes naturais como fibras vegetais em sua composição e podem ser parcialmente biodegradáveis ao utilizar-se matrizes não biodegradáveis como o polipropileno (PP) ou completamente biodegradáveis se matrizes poliméricas biodegradáveis são utilizadas. Neste trabalho, avaliou-se a influência de cinco ciclos de reprocessamento nas propriedades mecânicas de biocompósitos de matriz de PP e fibras vegetais de curauá e de dois ciclos de reprocessamento em biocompósitos de matriz á base de amido de milho com fibras vegetais de curauá.  As propriedades mecânicas avaliadas foram resistência à tração e resistência ao impacto, além da dureza para biocompósitos de PP com 10% e 20% em massa de fibras de curauá e 3% em massa de agente de acoplamento e para biocompóstos à base de milho e 10% de fibra de curauá. Observou-se para os biocompósitos com matriz de PP que a adição de fibra de curauá aumentou a dureza dos biocompósitos em relação ao PP puro e aumentou com o número de ciclos de reprocessamento. No entanto, a resistência à tração não mostrou alterações significativas em relação ao PP puro enquanto que a resistência ao impacto aumentou com o aumento da concentração de fibra até 20%, porém decresceu com o aumento dos ciclos de reprocessamento. Para os biocompósitos com matriz à base de amido de milho foram obtidos resultados similares até o segundo ciclo de reprocessamento. Assim, os biocompósitos com fibras vegetais de curauá mostraram potencial para serem utilizados em aplicações diversas e podem ser reciclados sem perda significativa de suas propriedades.