Última alteração: 22-10-2014
Resumo
As mãos dos profissionais da saúde são o principal veículo de infecções cruzadas na assistência à saúde. Com o aumento de novos tipos de microorganismos e a resistência antimicrobiana, a apreensão com as infecções em locais de assistência à saúde se tornou um dos mais importantes problemas para a segurança do paciente. Objetivou-se identificar a adesão dos profissionais de saúde de uma Unidade de Terapia Intensiva aos cinco momentos da higienização das mãos (HM). O estudo transversal, analítico, com abordagem quantitativa, embasado em dados secundários obtidos em um banco de dados de um Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. O banco de dados foi construído por observações diárias aos profissionais de uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital público de Porto Alegre, realizas de maio a dezembro de 2012. Foram analisadas 793 observações. Em 446 (56,2 %) não ocorreram à higienização das mãos, sendo que a adesão ficou em 43,7%. Os fisioterapeutas foram os profissionais de maior adesão à prática nos procedimentos acompanhados (53,5%) e os técnicos de enfermagem tiveram menor adesão (29,2%), com p<0,001. As ações com menor adesão de HM foram aquelas “antes do contato com o paciente” (18,4%) e “antes de procedimento asséptico” (20,9%). A ação após contato com o paciente teve 55,6% de adesão à HM, seguida de risco de exposição a fluído (55,6%) e após o contato com o ambiente do paciente (49,1%). Conclui-se que a taxa de adesão a HM pode ser considerada baixa, mesmo que não haja parâmetros definidos para classificação de boa ou má adesão. Os técnicos de enfermagem foram os que tiveram menor adesão, o que preocupa, sendo os profissionais com maior frequência de contato com os pacientes.